sábado, 13 de dezembro de 2008

MEMÓRIA E NUTRIÇÃO



Pegando o gancho da última postagem sobre a discussão abordando o tema da neuroética e do aperfeiçoamento cognitivo, achei interessante dar continuidade ao assunto usando como referência uma matéria do globo sobre memória e dietas.
“A dieta das proteínas pode prejudicar a memória. Uma pesquisa sugere que a falta de carboidratos interfere no funcionamento do cérebro mesmo em pouco tempo. Após uma semana seguindo a dieta que restringe radicalmente os carboidratos, os seguidores do regime submetidos a testes de memória tiveram resultados piores do que pessoas que também estavam de dieta, mas não retiraram pães, massas e frutas do cardápio.”
O estudo foi realizado por uma equipe de pesquisadores de psicologia cognitiva da Universidade de Tufts, nos Estados Unidos. A memória visual e espacial foi medida (antes, durante e depois da dieta) através de testes neuropsicológicos, em um grupo controle e no grupo experimental. Chegou-se a conclusão que houve uma diminuição destas memórias (o tempo de latência das respostas aumentou durante a dieta) com a dieta de Atkins, na qual se ingere pouco carboidrato.
A hipótese dos pesquisadores é de que os carboidratos se transformam em glicose (combustível essencial para o cérebro humano), enquanto as proteínas são metabolizadas como glicogênio. A glicose é considerada fundamental para um bom funcionamento cognitivo e em especial para a memória.
Voltando para o tema dos medicamentos usados para melhorar a performance cognitiva e fazendo um paralelo com esta pesquisa, o que podemos analisar? Em que devemos investir: numa alimentação mais voltada para as necessidades cerebrais ou no uso de drogas que aumentem nossa capacidade e rapidez cognitivas? Como a psicologia cognitiva deve se posicionar diante desta discussão?

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