segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

A FELICIDADE É CONTAGIANTE?



Todos concordaram que alguns comportamentos humanos são altamente contagiantes. Muitas vezes não seguramos um bocejo perto de alguém que está bocejando, assim como um fumante tende a fumar perto de outro. Contudo quando o assunto trata-se de uma emoção existe uma gama de opiniões divergentes.
Lehrer (http://scienceblogs.com/cortex/) escreve no seu blog que sim, a felicidade pode ser contagiante. A partir de pesquisas no âmbito da psicologia social alguns autores afirmam que a felicidade tem um papel social importante nas redes sociais humanas. Ou seja, essa emoção pode ser adaptativa em um grupo social.
Segundo Christakis, sociólogo de Harvard, a felicidade não é uma experiência individual, mas uma “identificação” entre pessoas de um grupo. Pessoas felizes tendem a estar no centro de seus grupos sociais e a participarem de grupos de pessoas também felizes! O autor admite que a emoção felicidade não seja estática e, portanto pode sofre alterações do meio. Porém acredita que a felicidade pode servir de modelo adaptativo, aumentando a ligação entre as pessoas e redes sociais.
Mas o que está por trás desta teoria? Podemos dizer que a emoção de felicidade pode funcionar como o modelo dos neurônios espelhos? Porém se isso fosse verdade valeria para outras emoções também, como tristeza, raiva ou medo. Por que só a felicidade é contagiante?
Um outro aspecto para pensarmos é no próprio conceito de felicidade, podemos observar que existem pessoas mais alegres ou felizes do que outras, tanto quanto tristes e deprimidas, mas segundo aprendemos na universidade, estes são aspectos de personalidade construídos ao longo da vida. Será ele contagioso? Uma boa idéia seria formar terapeutas somente as pessoas felizes, otimizando os atendimentos psicológicos através do modelo quanto a esse quesito.
Há outra questão para refletir: é possível fazer essa correlação: pessoas alegres atraem pessoas alegres? Ou seja, vivemos em clusters de alegres ou deprimidos? Não há misturas no meio social?
Bem, se essa teoria é verdadeira, por que não usá-la em prol da humanidade? Polyanna adoraria esta idéia, assim como Skinner.

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