quinta-feira, 20 de agosto de 2009

PENSAMENTOS REPETITIVOS



Willia Lu, estudante de doutorado de uma universidade americana (http://thequantumlobechronicles.blogspot.com/2009/08/consequences-of-repetitive-thought_19.html) cita um texto sobre as conseqüências construtivas e desconstrutivas dos pensamentos repetitivos tão comuns em alguns transtornos de ansiedade, como o TOC, por exemplo, os quais são manifestados pelos comportamentos do tipo ruminação, preocupações, pessimismo, entre outros...
Bem, esses pensamentos podem ser construtivos, no caso de se “elaborar”, “descobrir”, “transformar” ou qualquer outro verbo que se queira dar em relação aos traumas que levaram a esse tipo de comportamentos. As conseqüências desconstrutivas são mais óbvias, porém não menos importantes: levam a patologias ou transtornos de ansiedade e depressão.
Para uma leitura mais detalhada, buscar o site: http://www.apa.org/journals/features/bul1342163.pdf

sábado, 15 de agosto de 2009

TEMPO DE REAÇÃO




Às vezes fico pensando, como pesquisadora em neurociências/psicologia: estamos sempre almejando e buscando dados quantitativos, ou seja, material objetivo para nosso campo de pesquisas e muitas vezes nos deparamos com questões que nos remetem a individualidade humana (no sentido de cada ser humano na sua forma singular).

O post de Osame Kinouchi, cujo site é: http://comciencias.blogspot.com/2009/08/por-que-psicologos-devem-estudar.html, me fez refletir sobre este assunto dentro da perspectiva do tempo de reação.

Em neuropsicologia é bastante comum nos concentrarmos em dados quantitativos e análises estatísticas, apesar de levarmos em consideração os dados qualitativos também.
Contudo no final das contas a média e o desvio padrão nem sempre levam em consideração estes últimos nos seus resultados.

Kinouchi levanta esta questão: o tempo de reação em humanos pode ser totalmente padronizado e quantificado em situações experimentais, seguindo a lei de Hick’s? em outras palavras: existem constância no tempo de reação diante de algumas tarefas nos seres humanos?
Segundo o autor do post em questão: não. A lei da entropia nos conduz para tempos de reação que passam por contexto (de sobrevivência inclusive), motivação e demandas específicas. Ele cita tempos de reação com estímulos que seriam nomeação de palavras e outros que seriam de decisão visual lexical e mostra que pode haver variações enormes diante de cada indivíduo em relação ao contexto da tarefa.

Em outras palavras, o ser humano (in vivo) é inconstante diante dos diversos estímulos e surpreendente em suas respostas e tempos de reação!

sexta-feira, 7 de agosto de 2009

NEUROLITERATURA: TARJA PRETA, O LIVRO




Acabei de ler um livro de contos contemporâneo intitulado: “Tarja Preta”. Escrito por autores como: Jorge Furtado, Pedro Bial, Adriana Falcão, Luiz Ruffato, entre outros. O livro além de bem escrito, com uma linguagem contemporânea e leitura muitíssimo agradável, sensível e bem humorada, toca em um dos temas mais atuais da modernidade: as substâncias químicas.

Como psicóloga e estudante de neurociências me chama a atenção dois pontos: a familiaridade de autores não-científicos (romancistas) com a nomenclatura da neurociência (sem entrar em questão com a fidedignidade do conteúdo, afinal de conta trata-se de ficção). Outro ponto é: o uso dos medicamentos de tarja preta na sociedade contemporânea. Como se tomar um antidepressivo ou ansiolítico fosse algo necessário para conviver com os vários tipos de estresses, transtornos e sofrimentos do mundo que criamos (paradoxal, não?). E por isso mesmo os textos descrevem uma naturalização da vida artificial na qual sobrevivemos. O fato é que perdemos o controle dos acontecimentos e mesmo das nossas vidas ou pelo menos isso ficou mais consciente para a humanidade. Mas será que em algum momento já tivemos o controle?

No século passado como o ser humano lidava com a angustia e com o sofrimento? Bem, não sei ao certo, todavia não havia remédio pra tratá-los e a psicanálise ainda era algo para elites e considerada controvérsia. Contudo as pessoas viviam sem os medicamentos tarja preta.

Atualmente esse tipo de medicalização é comum, usado fora do meio, exclusivamente psiquiátrico, e gera muitos milhões para a indústria farmacêutica!

Os contos do livro em questão passeiam por esse universo do mais cotidiano ao surreal, porém sempre levando em consideração o uso destas substâncias nas mais variadas perspectivas de vida humana.

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

VÍCIOS




O que determina os vícios? A quantidade de uso, sua freqüência e/ou interações químicas de determinada substâncias no cérebro humano e animal? Quais substâncias podem viciar? Álcool, drogas nicotina, comida, sexo, exercícios? Existe pré-disposição genética ou o vicio é um comportamento aprendido?
Bem, será impossível responder a todas essas perguntas num só post e na verdade minha intenção não é essa, mas segundo a ciência atual todos esses fatores citados acima contribuem para a construção de um vício. Contudo, todos os vícios têm um fato em comum: produzem prazer! Mais especificamente: as substâncias viciantes liberam neurotransmissores como endorfinas e dopaminas.
Minha intenção aqui é reportar o tema levantado em uma notícia científica, publicada em o globo online, sobre o vício em exercícios físicos. Pois alguns vícios sempre me soaram como paradoxais: sexo, comida e exercícios físicos.
O ponto a ser discutido é: exercícios não são saudáveis e estimulados em nossa cultura? Como podem se tornar um vício? Novamente a pergunta: o que determina que seja vício e não uma atividade feita com uma frequencia prazerosa?
“Segundo os pesquisadores, uma maior compreensão dos comportamentos que provocam a liberação das substâncias associadas ao prazer no cérebro pode auxiliar na criação de tratamentos que incorporem a prática moderada de exercícios”. O globo
Caso contrário o sujeito troca um vício por outro!
Para maiores informações: site BBC Brasil.