tag:blogger.com,1999:blog-46301820127587046922024-02-18T18:40:29.662-08:00"Brilho eterno de uma mente sem lembrança"Idéias, pensamentos, pesquisas, filmes, textos e reflexões sobre a cognição.Marta Bolshawhttp://www.blogger.com/profile/12388309905873017984noreply@blogger.comBlogger123125tag:blogger.com,1999:blog-4630182012758704692.post-39757473146735826532010-08-12T10:25:00.000-07:002010-08-12T10:25:49.752-07:00MUDANÇA DE PARADIGMA<div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://info.abril.com.br/aberto/infonews/fotos/neuronio-brasil-cola-20100801114431.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="256" ox="true" src="http://info.abril.com.br/aberto/infonews/fotos/neuronio-brasil-cola-20100801114431.jpg" width="320" /></a></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Aprendemos há cerca de duas décadas atrás que os neurônios quando “morriam” não eram substituídos nem capazes de regeneração. Isto é, os neurônios de sujeitos adultos seriam células únicas, tornando sua morte uma perda neural irreversível!</div><div style="text-align: justify;">Sabemos já há algum tempo que não é bem assim que nosso cérebro funciona. Existe plasticidade neural: novas circuitarias neurais podem ser construídas em paralelo as outras antigas. Em alguns indivíduos observa-se uma boa capacidade de flexibilidade cognitiva e de controle inibitório, estas são duas funções cognitivas que fazem parte das funções executivas (http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S151644462006000400013&script=sci_arttext&tlng=es) e, portanto presentes do córtex pré-frontal. Sabe-se também que os anos de estudos são proporcionais a quanto um indivíduo consegue “modificar“ seu cérebro através de novas aprendizagens (como se houvesse mais matéria prima para isso). Enfim, muitos estudos e pesquisas apontam para uma dinâmica e transformação nas redes dos neurônios na vida adulta. </div><div style="text-align: justify;">Um estudo recente foi relatado neste blog: http://wiringthebrain.blogspot.com/2010/08/migrating-neurons-clear-their-path.html, onde o autor faz (através de imagem), uma bela metáfora da migração dos neurônios com a passagem bíblica de Moisés abrindo caminho sob o mar vermelho.</div><div style="text-align: justify;">A maioria de nossos neurônios ”atuais” não nasceu no local onde estão agora. Um exemplo interessante são os neurônios inibidores do córtex pré-frontal, responsáveis por muitos processos cognitivos. Eles NÃO são produzidos no córtex e sim no striatum.</div><div style="text-align: justify;">Em outras palavras, os neurônios fazem uma passagem ou caminhos, de partes do cérebro para outras, onde estão sendo “demandada” uma reposição ou um “plus”. Estes neurônios passam por modificações neuroquímicas e já possuem alguma programação e instrução genética para atingir a sua meta. Contudo essa passagem é discreta, pois o cérebro adulto tende a não permitir muitas mudanças (zona de conforto) e manter sua estrutura construída.</div><div style="text-align: justify;">Será que é por isso difícil a pessoas se auto-modificarem?</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><div style="text-align: justify;">Todas essas teorias e hipótese corroboram com estudos atuais como a Neuropsicánalise e o Neurocoaching, os quais defendem cada um a seu modo, que o cérebro e tudo o que ele representa (mente, desenvolvimento, cognição, afetos) pode estar (dependendo do cérebro em questão) em discreta e resistente metamorfose.</div>Marta Bolshawhttp://www.blogger.com/profile/12388309905873017984noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-4630182012758704692.post-82738418483866170382010-08-10T10:59:00.000-07:002010-08-10T11:06:17.220-07:00Coaching e Neurociência<div align="justify"><a href="http://www.neurobusinessgroup.com/files/3328265/uploaded/briefintroduction1-r.jpg"><img style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 800px; CURSOR: hand; HEIGHT: 618px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="http://www.neurobusinessgroup.com/files/3328265/uploaded/briefintroduction1-r.jpg" border="0" /></a><br /><div align="justify">Inaugurando uma nova sessão de assuntos relacionados ao estudo do cérebro: o neurocoaching.<a name="OLE_LINK2"></a></div><br /><a name="OLE_LINK1">Segundo um famoso neurocientista o coaching é um caminho de neuroplasticidade auto-direcionada. Para os autores do assunto o termo pode ser definido como uma prática que se especializou em proporcionar mudança de consciência levando à ação e proporcionando novas experiências em relação ao meio no qual se está inserido.</a><br />O coaching é um método utilizado por profissionais de: psicologia, administração e outros profissionais de diversas áreas. O processo de coaching visa o desenvolvimento pessoal e profissional do indivíduo com foco em objetivos e metas individuais.<br />A tradução da palavra coach pode ser: treinador (a mais usada e conhecida) e carruagem. Ou seja, o coach treina (aperfeiçoamento cognitivo) e “transporta” o indivíduo para algum objetivo (idéia de desenvolvimento).<br />As ciências humanas sempre buscaram atualizar seus conhecimentos a partir de novas perspectivas e pensamentos. Com as novas descobertas sobre o cérebro e funcionamento mental a partir da década de 90, os métodos de coaching revisaram seus conhecimentos teóricos e práticos. Atualmente existe uma nova modalidade de coaching utilizando a neurociência: o neurocoaching. É uma metodologia já há algum tempo utilizada nos EUA e recentemente trazida para o Brasil.<br />A metodologia do neurocoaching usa as descobertas das neurociências para acelerar o processo de auto-desenvolvimento em um processo de coaching. Como pensamos e formamos redes neurais? Como utilizar melhor um insight? De que forma as emoções e o estresse pode interferir nas tomadas de decisões? Segundo o neurocoaching o processamento de informação é estabelecido de forma mais consistente e duradouro quando somos capazes de formular perguntas e questionamentos. Isto significa que nem sempre as respostas e os resultados são os responsáveis pela construção dos pensamentos, idéias e criatividade, porém as perguntas formuladas a respeito de algo.<br />Fazendo uma analogia com a neuropsicanálise, a qual estuda as mudanças neurais a partir do processo de psicoterapia, o neurocoaching usa esta possibilidade de construção da circuitaria neural para o auto-desenvolvimento e realização das metas estabelecidas dentro do processo do coaching.<br />A meta-cognição é utilizada como um dos alicerces teóricos do neurocoaching, isto é, a consciência humana de saber que sabe, usando este conhecimento como ferramenta para mudanças de crenças e comportamentos.<br /></div>Marta Bolshawhttp://www.blogger.com/profile/12388309905873017984noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4630182012758704692.post-3709301924912736472010-07-30T07:11:00.000-07:002010-07-30T07:18:16.066-07:00"Estudar também é saúde!"<a href="http://www.guanabara.info/wp-content/uploads/2007/10/livros.jpg"><img style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 272px; CURSOR: hand; HEIGHT: 391px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="http://www.guanabara.info/wp-content/uploads/2007/10/livros.jpg" border="0" /></a><br /><div align="justify"><br /><br />Depois de escrever minha dissertação de mestrado, defende-la e fazer as correções da mesma, estou de volta para escrever sobre psicologia e neurociências e todas suas possibilidades!<br />Para começar e estimular as funções cognitivas de todos, escolhi uma pesquisa sobre a correlação entre alta escolaridade e processo demencial. Então, vamos lá...<br />Segundo um estudo publicado na revista Britânica Brain, a possibilidade de compensação neural ou plasticidade cerebral é maior em pessoas com alta escolaridade do que em pessoas que estudaram pouco em relação aos riscos para algumas doenças neurológicas, como a demência. Isso vale para análise do cérebro funcional, isto é: pessoas vivas. Depois da morte do ser humano a análise cerebral entre alta e baixa escolaridade já não faz diferença quanto à demência, ou seja, a doença atinge os dois grupos igualmente. Este fato faz sentido, pois a estrutura lesionada não pode ser modificada nos processos demenciais, mas a funcionalidade pode... como está sendo apresentado no presente estudo.<br />A pesquisa não avalia se o nível socioeconômico influenciou nesta correlação, porém sabemos que a alta escolaridade está relacionada com maior qualidade de vida e saúde. Apesar da dúvida o fato em si já é bastante interessante, ele nos mostra que quanto mais informações, conhecimento, cultura (supõe-se) e horas de estudo uma pessoa tem, mais flexibilidade cognitiva ela terá para compensar certos sintomas (e não a lesão em si) neurológicos ou até mesmo evitá-los!<br />“Para cada ano adicional que a pessoa passou no sistema educacional, houve uma diminuição de 11% nos riscos de ela desenvolver sintomas de demência, o estudo revelou.” Hannah Kaege<br />A plasticidade cerebral sempre foi estudada em lesões cerebrais e acreditava-se que sua otimização era na infância, talvez ainda seja, contudo atualmente sabe-se que muitos adultos também podem ter ótimos resultados de recuperação em casos de lesões no cérebro. Vide caso Herbert Vianna (<a href="http://www1.folha.uol.com.br/folha/ilustrada/hvianna.shtml">http://www1.folha.uol.com.br/folha/ilustrada/hvianna.shtml</a>).<br />Em outras palavras, este estudo é pioneiro por nos mostrar que além de valer o esforço cognitivo de todos nós que estamos lendo esse blog, a plasticidade cerebral também funciona para demências, pelos menos na compensação de seus sintomas ou como diz a autora: quem tem mais escolaridade compensa melhor os sintomas ou os esconde de forma mais convincente. Very cool!<br /><br />Este blog foi escrito a partir de reportagem da BBC Brasil NO DIA 27/07, para mais informações: <a href="http://www.bbc.co.uk/portuguese/ciencia/index.shtml">http://www.bbc.co.uk/portuguese/ciencia/index.shtml</a><br /><br /><br /><br /></div>Marta Bolshawhttp://www.blogger.com/profile/12388309905873017984noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-4630182012758704692.post-33548384376289317382009-11-15T15:06:00.000-08:002009-11-17T15:12:09.303-08:00COMPORTAMENTO ANTI-SOCIAL E NEUROPSICOLOGIA<img style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 350px; CURSOR: hand; HEIGHT: 395px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="http://www.hcnet.usp.br/ipq/revista/vol32/n1/27-figura2.jpg" border="0" /><br /><div align="justify"><br />Estudos recentes sobre o transtorno de personalidade anti-social (TPAS) demonstram interesse na investigação cerebral dos sujeitos em questão. Através de exames de imageamento cerebral funcional foi observado modificações estruturais nas áreas frontais e do hemisfério direito do cérebro nesta psicopatologia.<br /><br />“Estudos de neuroimagem apontam o envolvimento de estruturas cerebrais frontais, especialmente o córtex orbitofrontal, e a amígdala. Também tem sido sugerido que prejuízos na função serotonérgica estariam associados à ocorrência de comportamento anti-social, já que pacientes com diagnóstico de TPAS apresentam respostas hormonais atenuadas a desafios farmacológicos com drogas que aumentam a função serotonérgica cerebral e redução da concentração de receptores serotonérgicos.” (<a href="http://www.scielo.br/pdf/rpc/v32n1/24019.pdf">http://www.scielo.br/pdf/rpc/v32n1/24019.pdf</a>)<br /><br />Mais recente ainda tem sido o interesse da Neuropsicologia sobre o assunto: qual seria o perfil neuropsicológico do TPAS?<br /><br />No X congresso da sociedade brasileira de neuropsicologia (SBNP) em São Paulo foi dedicado um dia inteiro de conferências sobre o tema. O pesquisador espanhol Jordi Casanova explorou a construção do TPAS com uma visão integrada das neurociências e contextos sociais. Sabemos que esse transtorno tem um “gatilho” vindo do contexto social que é bastante relevante, apesar dos estudos neurobiológicos nos mostrarem a amplitude desta psicopatologia.<br />Casanova defende que as imagens e experiências que vivenciamos provocam “marcas” e essas informações são distribuídas pelo cérebro ao longo da vida. A memória semântica teria a capacidade de juntar estas informações espalhadas no córtex cerebral e o sistema límbico associa as imagens com outros aspectos cognitivos e emocionais, esses processamentos levam a construção da personalidade humana.<br />As observações perceptivas estimulam áreas neurais e os circuitos de imitação (pareofrontal, occipital e os neurônios espelhos) facilitando o sentimento de empatia. Os mapas cerebrais individuais se unem através do espaço e tempo auxiliando na construção de pensamentos abstratos, além de uma noção de historicidade pessoal.<br />Bem, o que Casanova quis mostrar com tudo isso, ou melhor, qual foi minha interpretação de sua conferência?<br />A partir do momento que pensamos em falhas no processamento cerebral, neuropsicológico e psicológico do TPAS, as quais estão incluídas a incapacidade de formação de empatia, o déficit do pensamento abstrato, uma linguagem verbal empobrecida, um baixo controle inibitório e alta impulsividade para agir, uma tendência a estabelecer rituais, entre outras características...Estamos abrindo a possibilidade para uma hipótese de que algo do contexto social (percepções, experiências, observações) iniba esses sistemas biológicos e de circuitarias neurais responsáveis pelo desenvolvimento destas funções.<br />Em outras palavras, creio que o pesquisador desejou apontar para características do contexto ambiental nos quais normalmente crescem sujeitos com TPAS (quase sempre ambientes com algum tipo de violência e abuso sexual) e a partir deste momento dá-se início a toda uma mudança biopsicossocial!</div>Marta Bolshawhttp://www.blogger.com/profile/12388309905873017984noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-4630182012758704692.post-37865083950413764482009-10-09T06:13:00.000-07:002009-10-13T06:19:56.527-07:00ANSIEDADE E IOGA<a href="http://catracalivre.folha.uol.com.br/wp-content/uploads/2008/12/ioga2.jpg"><img style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 292px; CURSOR: hand; HEIGHT: 280px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="http://catracalivre.folha.uol.com.br/wp-content/uploads/2008/12/ioga2.jpg" border="0" /></a><br /><div align="justify"><br />Todos os pesquisadores atuais que estudam ansiedade sabem que precisamos da mesma para nos manter alerta, atentos e vivos. Porém sabemos também que existe um ponto ótimo de ansiedade. Em outras palavras: se abaixamos muito o nível de ansiedade não somos funcionais o suficiente e se aumentamos muito o nível de ansiedade ficamos estressados!<br />Qual o ponto ótimo da ansiedade para um bom funcionamento cognitivo e físico no ser humano? Bem, como muitos aspectos humanos este ponto ótimo de ansiedade é individual. Algumas pessoas suportam (e até gostam) de lidar com mais pressão nos seu ambiente, enquanto outras perdem desempenho em tais situações.<br />Segundo, Atkinson e outros pesquisadores a ansiedade e o estresse estão relacionados com situações onde há perda de controle. Contudo mesmo em situações previsíveis e controláveis existem pessoas mais propensas a elevarem sua ansiedade podendo chegar ao nível de estresse. Este limiar de ansiedade está mais relacionado a componentes individuais onde o auto-conceito possa estar em jogo (fatores intrínsecos).<br />Segundo a Organização Mundial de Saúde, o estresse piora a saúde de 60% dos executivos nas grandes empresas e afeta 90% dos adultos em todo o mundo.<br />Numa pesquisa publicada no o globo (<a href="http://oglobo.globo.com/vivermelhor/mat/2009/10/08/ioga-diminui-os-niveis-de-ansiedade-depressao-indica-estudo-da-unifesp-767964557.asp" target="_blank">http://oglobo.globo.com/vivermelhor/mat/2009/10/08/ioga-diminui-os-niveis-de-ansiedade-depressao-indica-estudo-da-unifesp-767964557.asp</a>), mostrou-se que o estresse pode ser tratado através da ioga. Um estudo piloto foi realizado com 15 funcionários de uma empresa e comparado com 15 sujeitos do grupo controle, onde apenas os funcionários tiveram a intervenção das aulas de ioga. Dr. Ricardo Monezi Julião de Oliveira, professor do curso de pós graduação em Medicina Comportamental, do departamento de Psicobiologia da Unifesp acredita que intervenções como estas podem ser usadas como tratamento para a ansiedade.<br />O estudo concluiu que 76% dos sujeitos que passaram pela intervenção diminuíram a ansiedade para um nível mínimo de ansiedade, enquanto o grupo controle só 7% obtiveram tal diminuição.<br />Ou seja: sejamos ZEN, mas não tanto...</div>Marta Bolshawhttp://www.blogger.com/profile/12388309905873017984noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4630182012758704692.post-11299001255610041962009-10-01T10:39:00.000-07:002009-10-01T10:43:14.760-07:00IMPRINTING<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjHLPDhXeeplXVb6MoQYJMSL00zUCxsNjMkHlbSg40-72pN6uzFlaAmiV_9eirFIS2g0SIh2hVmDRmQeCYRqMNe5JyqAiGXJsg8k-2P0FphAo6CRUeuZLUS4tD4rl6WsEc6AchL7B8eCNc/s320/fecunda%C3%A7%C3%A3o.jpg"><img style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 300px; CURSOR: hand; HEIGHT: 225px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjHLPDhXeeplXVb6MoQYJMSL00zUCxsNjMkHlbSg40-72pN6uzFlaAmiV_9eirFIS2g0SIh2hVmDRmQeCYRqMNe5JyqAiGXJsg8k-2P0FphAo6CRUeuZLUS4tD4rl6WsEc6AchL7B8eCNc/s320/fecunda%C3%A7%C3%A3o.jpg" border="0" /></a><br /><div align="justify">Segundo um dicionário de tradução, a palavra <strong>imprinting</strong> na língua portuguesa (numa perspectiva da psicologia) significa: “aprendizagem rápida que ocorre durante um breve período receptivo, normalmente logo após o nascimento ou incubação, e estabelece uma duração da resposta comportamental para um determinado indivíduo ou objeto, como apego à mãe, filhos.” No dia a dia de nossa profissão chamamos o <strong>imprinting</strong> de um “comportamento inato” ou algo do tipo “impresso no comportamento”. A palavra está sempre ligada à comportamentos animais aprendidos de maneira automática, inata.<br />Este fenômeno também pode ser observado na vida celular, como na fecundação de animais sexuados, é uma estratégia evolutiva, na qual um dos genes silencia o gene oposto. Contudo, isso não tem nada a ver com competição entre homens e mulheres (tão usual em todos os tempos e espaços) é apenas um recurso de “poder” biológico.<br /><em></em></div><br /><div align="justify"><em>“Assim que acontece a fecundação, começa a luta pelos genes maternos para silenciar os paternos e vice-versa, através de mecanismos bioquímicos ainda mal conhecidos, mas muito estudados.” (Varella, 2006)</em><br /></div><br /><div align="justify">É o caso do gene que determina o crescimento fetal como demonstrou o grupo de Princeton. Na suas pesquisas com ratos, eles colocaram fêmeas monogâmicas cruzando com machos poligâmicos, onde os filhotes nasceram com cerca de 20 gramas. E o inverso: machos monogâmicos com fêmeas poligâmicas, onde nasceram filhotes com cerca de 10 gramas.<br />Onde se conclui que a maior oferta de espermatozóides favoreceu as fêmeas, cujo gene prefere um feto menor e o gene masculino dá preferência pelo feto maior...</div>Marta Bolshawhttp://www.blogger.com/profile/12388309905873017984noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4630182012758704692.post-21274807175902056062009-09-28T12:54:00.000-07:002009-09-29T13:02:17.107-07:00PSICOPATOLOGIA TRANSCULTURAL<a href="http://www.sissaude.com.br/sissaude/userfilesimage/Abril/desenho.jpg"><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 331px; DISPLAY: block; HEIGHT: 475px; CURSOR: hand" border="0" alt="" src="http://www.sissaude.com.br/sissaude/userfilesimage/Abril/desenho.jpg" /></a><br /><div align="justify"><br /><br />As síndromes presente no atual DSM-IV representam apenas os transtornos que ocorrem predominantemente na cultura norte-americana, isto é, ela não é uma lista “universal”. O CID-10 que teria essa pretensão ou proposta. Porém existem opiniões de muitos pesquisadores de que é necessário a criação de normas de uma determinada cultura para que se possa então definir o que é a anormalidade (em cada cultura).<br />Atkinson e Colaboradores (2002) publicaram exemplos de classificação off DSM-IV. É um bom exercício para ampliarmos nosso conhecimento e fazer algumas associações.<br />A <strong>síndrome de Amok</strong>, encontrada na Malásia, Laos, Filipinas, Nova Guiné, Porto Rico e Navajos se caracteriza pelos seguintes sintomas: cisma seguida de comportamento violento, idéias de perseguição, amnésia, exaustão.<br />A <strong>síndrome de Ghost</strong> sickness observada entre os índios norte-americanos demonstra sintomas e: pesadelos, fraqueza, sensações de perigo, perda de apetite, desmaio, tonturas, alucinações, perda de consciência, sensação de sufocamento.<br />A <strong>síndrome de Koro</strong>, presente nas culturas da Malásia, China e Tailândia, revelam os curiosos sintomas de intensa e súbita ansiedade de que o pênis ou a vulva e os mamilos recuarão para dentro do corpo e causarão a morte.<br />A <strong>síndrome do susto</strong>, encontradas na América central e México, demonstra sintoma de perturbação do apetite e do sono, tristeza, perda de motivação e sentimentos de baixa-auto-estima. Os acometidos acreditam que sua alma deixou o corpo.<br />E por último a <strong>síndrome de Taijin Kyofusho</strong>, comum no Japão, onde os sintomas transparecem um medo intenso de que o corpo desagrade, constranja ou seja ofensivo aos outros.Como podemos observar fazendo uma gestalt dessas informações, algumas síndromes se assemelham com os transtornos de ansiedade, depressão ou mesmo esquizofrenia classificadas pelo DSM-IV, ainda que não esteja totalmente dentro dos critérios. Outras, porém, são extremamente peculiares dentro do contexto específico de algumas culturas. Como o Japão. Portanto esta pequena amostra corrobora com a necessidade de uma normatização intracultural, com o objetivo de sermos globalizados, porém coerentes e sensatos!</div>Marta Bolshawhttp://www.blogger.com/profile/12388309905873017984noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4630182012758704692.post-51629682825159708692009-09-25T11:33:00.001-07:002009-09-25T11:38:03.217-07:00ALZHEIMER<a href="http://img528.imageshack.us/img528/7637/cerebrofv8.jpg"><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 250px; DISPLAY: block; HEIGHT: 298px; CURSOR: hand" border="0" alt="" src="http://img528.imageshack.us/img528/7637/cerebrofv8.jpg" /></a><br /><div align="justify"><br />Existem muitas doenças neurológicas, psiquiátricas ou até mesmo psicológicas que são conhecidas há muitos séculos, apenas mudando de nome na contemporaneidade. Contudo existem outras com a doença de Alzheimer que são realmente novas não havendo registro delas (da maneira como é hoje diagnosticada) num período de 200 anos em média.<br />Numa reportagem da BBC, os pesquisadores atribuem este fato, entre outros, ao aumento da expectativa de vida do idoso em países subdesenvolvidos. O psiquiatra Martin Prince ainda afirma que não se sabe as causas precisas da doença de Alzheimer e seu tratamento é direcionado para a diminuição dos sintomas não havendo uma “cura” para tal desordem neuropsiquiátrica.<br />Segundo Varella (2006) a população de homens e mulheres acima de 65 anos tem aumentado muito, tanto no Brasil, como em outros países, e esse aumento de longevidade faz que aumente a incidência da doença de Alzheimer no mundo contemporâneo.<br />A preocupação atual da ciência é a previsão de um aumento em grandes proporções desta doença demencial e a tendência atual para subestimá-la nas pesquisam em medicina. Estima-se que haverá 22 milhões de portadores desse mal em 2025 no mundo.<br />O estudo da neuropsicologia e neurociências nos mostram que algumas áreas cognitivas atingidas na doença de Alzheimer são possíveis de serem “treinadas” desde a infância até a idade madura. . São elas: a memória, a função executiva e áreas emocionais e de personalidade. Sabemos. que a memória é um cognição bastante importante, tanto para facilitar associações com outras informações registradas no nosso cérebro, como para nos proporcionar uma noção de self., sem memória perdemos nossa noção de “eu” e daí já podem surgir problemas ligados a personalidade. A função executiva (ligada principalmente ao córtex pré-frontal) esta relacionada a planejamento, manipulação de tarefas no tempo e espaço. Ora, perder essas habilidades cognitivas significa desorganizar o eixo da personalidade humana explicando assim, a gravidade dos sintomas.<br />Atualmente muitas pesquisas têm sido realizadas no sentido de entender a prevenção da doença de Alzheimer através do uso das conexões neurais, isto é, exercícios mentais (e também físicos) como forma de prevenir esse mal. Desde leituras, caça-palavras, quebra-cabeça, até jogos mais elaborados pode nos ajudar a exercitar o cérebro. Além é claro do movimento físico amplamente difundido e estimulado. Quem sabe as crianças podem contribuir nesse processo?Qual o ser mais corporal e lúdico do que elas?</div>Marta Bolshawhttp://www.blogger.com/profile/12388309905873017984noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4630182012758704692.post-13395868228328964312009-09-18T09:45:00.000-07:002009-09-23T09:57:11.432-07:00INSTINTO MATERNO<a href="http://farm1.static.flickr.com/37/82553734_749e18dd45.jpg"><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 500px; DISPLAY: block; HEIGHT: 356px; CURSOR: hand" border="0" alt="" src="http://farm1.static.flickr.com/37/82553734_749e18dd45.jpg" /></a><br /><div align="justify"><br />“O amor materno não constitui um sentimento inerente à condição de mulher, ele não é um determinismo, mas algo que se adquire. Tal como o vemos hoje, é produto da evolução social desde princípios do século XIX, já que, como o exame dos dados históricos mostra, nos séculos XVII e XVIII o próprio conceito do amor da mãe aos filhos era outro: as crianças eram normalmente entregues, desde tenra idade, às amas, para que as criassem, e só voltavam ao lar depois dos cinco anos. Dessa maneira, como todos os sentimentos humanos, ele varia de acordo com as flutuações socioeconômicas da história.” (<a href="http://www.redeblh.fiocruz.br/media/livrodigital%20(pdf)%20(rev).pdf)">http://www.redeblh.fiocruz.br/media/livrodigital%20(pdf)%20(rev).pdf)</a>.<br />O trecho acima baseado no livro O Mito do Amor Materno de Elisabeth Badinter (filósofa francesa), lido pela maioria dos estudantes de psicologia, antropologia e sociologia na década de 90 (o livro foi publicado na França em 1980) é contraposto aos pressupostos atuais da neurociência e talvez das ciências em geral.<br />Bem, se acreditamos em Darwin e na teoria da evolução conseqüentemente...e também se cremos (inclusive, atualmente, visualizamos) as mudanças neuroquímicas que ocorrem no cérebro feminino durante a gravidez e no pós-parto, podemos concluir, que por mais “inventado” que este conceito possa ser, pelos seres humanos do século XIX (interessado na indústria que este fato proporciona), ele (o instinto materno) tem algum propósito evolutivo ou não estaríamos aqui pra discutir o assunto!<br />A própria Badinter discute as criticas feitas pelos cientistas na época a respeito da questão da palavra instinto. Mas como esta é uma longa discussão, prefiro ir ao ponto: se para todas as regras existem exceções, porque não podemos ter mães que não se interessam pelos seus filhos? Ou ainda: como podemos saber se as mães que deixavam seus filhos com amas de leite ficavam bem com o fato? A pesquisa foi feita em relação ao destino dado aos filhos, mas nada sabemos sobre o estado psico-hormonal destas mães em questão...<br />Kinsley e Lambert (2006) fazem uma revisão sobre o tema e afirmam que em todos os mamíferos, as fêmeas sofrem profundas mudanças comportamentais durante a gravidez e maternidade, porque o que antes era direcionado para sua sobrevivência individual, passa a ser para os cuidados e bem-estar dos filhos. (Cientifica American, 2006)</div>Marta Bolshawhttp://www.blogger.com/profile/12388309905873017984noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4630182012758704692.post-50756111706935067372009-09-16T10:52:00.000-07:002009-09-18T11:08:23.657-07:00TEORIA DA EMPATIA-SISTEMATIZAÇÃO<div align="justify"><a href="http://www.investigacionyciencia.es/FotosBlogs/Articulo39_1.gif"><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 600px; DISPLAY: block; HEIGHT: 399px; CURSOR: hand" border="0" alt="" src="http://www.investigacionyciencia.es/FotosBlogs/Articulo39_1.gif" /></a><br />TEORIA DA EMPATIA-SISTEMATIZAÇÃO<br />Nos últimos 50 anos, os neurocientistas têm demonstrado que o dimorfismo cerebral na espécie humana não se restringe à aparência física, mas está presente na configuração do cérebro.<br />Sabemos que em relação à estrutura cerebral, os homens possuem maior quantidade de substancia branca (mas não da cinzenta) e as mulheres um corpo caloso com mais volume.<br />Por causa desta disposição morfológica, as mulheres formam mais redes neurais e os homens tem em média de 10 a 20 milhões de neurônios a mais. Como conseqüência observa-se diferenças nas funções cognitivas em cada sexo: os homens demonstram maior habilidade visuo-espacial (interpretação de mapas, encontrar saída de labirintos, lidar com máquinas, etc) e as mulheres tem um melhor desempenho em tarefas ligadas a linguagem e a interpretação das emoções (sensibilidade social, fluência verbal, etc). Em parte isto se deve ao fato de que os as mulheres conectam mais os hemisférios cerebrais simultaneamente (maior corpo caloso) e os homens os usam um de cada vez (menor corpo caloso).<br />Segundo o neuropediatra Schwartzman as meninas nascem com uma maturação cerebral de quatro semanas a mais em relação aos meninos. O mecanismo responsável por este fato é a ação da testosterona no sistema nervoso. (exceção para casos de hiperplasia adrenal congênita, onde meninas nascem com aumento de testosterona).<br />Segundo Varella (2006) existe uma teoria na psicologia moderna chamada “teoria da empatia-sistematização”, onde os indivíduos podem ser classificados de acordo com sua maior habilidade de sistematizar ou estabelecer empatia.<br />Já podemos inferir que a maioria dos homens são mais sistemáticos, enquanto as mulheres são mais empáticas. Varella no seu texto faz uma brincadeira de que isso levado ao extremo faria os homens autistas e as mulheres intuitivas, além de grande desempenho em múltiplas tarefas!!<br /><strong></strong></div>Marta Bolshawhttp://www.blogger.com/profile/12388309905873017984noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4630182012758704692.post-33388404323256221882009-09-14T08:50:00.000-07:002009-09-17T08:58:42.347-07:00A GENÉTICA DA POPULARIDADE<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj40SeBRMMMFazGCVgogSc1kpy8Db9bsq5JexvBPrVD0hYEO_LXlittIkX71Sn5eDIFONPGfa8ASXfXW6sueOKLkWgTQ-G2B4gR5PZf5u5Lb0Qs8o56ZdhfYGus5few_mdh5MmTiiOZ5gw/s400/dna.bmp"><span style="font-family:verdana;"><img style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 400px; CURSOR: hand; HEIGHT: 400px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj40SeBRMMMFazGCVgogSc1kpy8Db9bsq5JexvBPrVD0hYEO_LXlittIkX71Sn5eDIFONPGfa8ASXfXW6sueOKLkWgTQ-G2B4gR5PZf5u5Lb0Qs8o56ZdhfYGus5few_mdh5MmTiiOZ5gw/s400/dna.bmp" border="0" /></span></a><span style="font-family:verdana;"><br /></span><p class="MsoNormal" style="MARGIN: 0cm 0cm 10pt; TEXT-ALIGN: justify" align="justify"><span style="LINE-HEIGHT: 115%"><span style="font-family:verdana;">“A popularidade de uma pessoa e sua habilidade de formar grupos sociais é, em parte, influenciada pela herança genética, sugere pesquisa das universidades de Harvard e da Califórnia, nos Estados Unidos.” (BBC, Brasil)</span></span></p><p class="MsoNormal" style="MARGIN: 0cm 0cm 10pt; TEXT-ALIGN: justify" align="justify"><span style="LINE-HEIGHT: 115%"><span style="font-family:verdana;">Pesquisadores americanos investigaram a influência da carga genética em um quesito relacionado à personalidade: a popularidade. Isto é, características pessoais como carisma, habilidade social e boa capacidade intrapessoal pode ser passado de geração em geração (será por isso que vemos muitos políticos seguindo a carreira na família!?).<?xml:namespace prefix = o ns = "urn:schemas-microsoft-com:office:office" /><o:p></o:p></span></span></p><p class="MsoNormal" style="MARGIN: 0cm 0cm 10pt; TEXT-ALIGN: justify" align="justify"><span style="LINE-HEIGHT: 115%"><span style="font-family:verdana;">A pesquisa realizada comparou a popularidade de irmãos gêmeos, sendo alguns fraternos e outros idênticos (N=1100). Os gêmeos idênticos demonstraram mais popularidade entre si do que os fraternos. Isto significa que deve existir algum valor adaptativo em relação a ser popular, pois vivemos em um mundo altamente “político”, no sentido que melhores conexões humanas (rede de relações) podem facilitar a sobrevivência de muitos seres humanos (talvez não só humanos).<o:p></o:p></span></span></p><p class="MsoNormal" style="MARGIN: 0cm 0cm 10pt; TEXT-ALIGN: justify" align="justify"><span style="LINE-HEIGHT: 115%;color:#333333;" ><span style="font-family:verdana;">"Uma das coisas que este estudo nos diz é que redes sociais são uma parte fundamental da nossa herança genética", disse James Fowler, da Universidade da Califórnia. "Pode ser que a seleção natural esteja atuando não apenas em coisas como se nós podemos ou não resistir ao resfriado comum, mas também quem vai entrar em contato com quem.” (BBC, Brasil)<o:p></o:p></span></span></p><p class="MsoNormal" style="MARGIN: 0cm 0cm 10pt; TEXT-ALIGN: justify" align="justify"><span style="LINE-HEIGHT: 115%;font-family:verdana;color:#333333;" >O estudo foi publicado na revista <span style="mso-bidi-: minor-bidi;font-family:'Verdana','sans-serif';" ><em>Proceedings of the National Academy of S</em><span style="color:#000000;">c</span><em>iences</em></span>.</span></p>Marta Bolshawhttp://www.blogger.com/profile/12388309905873017984noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4630182012758704692.post-59604216929821862322009-09-09T15:07:00.000-07:002009-09-15T15:11:40.861-07:00NEUROCIÊNCIA DO DESENVOLVIMENTO<a href="http://prototipa.com/www_pegaobonde/wp-content/uploads/2008/08/cancer.jpg"><img style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 320px; CURSOR: hand; HEIGHT: 330px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="http://prototipa.com/www_pegaobonde/wp-content/uploads/2008/08/cancer.jpg" border="0" /></a><br /><div align="justify"><br /><br />No seu livro “Borboletas da alma”, Drauzio Varella escreve sobre vários assuntos relacionados à ciência. Em um capítulo dedicado ao cérebro e funcionamento neural descreve estudos sobre redes neurais, plasticidade cerebral, condução sináptica e o funcionamento molecular destas células tão nobres. Varella menciona também em seu texto a neurociência do desenvolvimento, no qual ocorre um fenômeno interessante: a apoptose celular.<br />Apoptose é uma palavra grega que descreve a queda das folhas das árvores no outono, mas em neurociências seria uma espécie de suicídio em massa de neurônios mal adaptados ou em excesso. Explicando melhor: este fenômeno já é esperado geneticamente pelo organismo humano, pois na fase da embriogênese humana (quando ocorre a apoptose) existem 200 bilhões de neurônios circulando pelo cérebro e essa competição neural é necessária para termos os famosos 100 bilhões de neurônios!<br />“No melhor estilo darwinista de competição e seleção natural, sobrevivem à apoptose coletiva apenas os neurônios mais aptos, que conseguiram formar sinapses bem estruturadas” (Varella, 2006)</div>Marta Bolshawhttp://www.blogger.com/profile/12388309905873017984noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4630182012758704692.post-75060724608824617852009-08-20T15:51:00.001-07:002009-09-17T08:59:22.911-07:00PENSAMENTOS REPETITIVOS<div align="justify"><a href="http://www.emtr.com.br/tms2.jpg"><img style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 339px; CURSOR: hand; HEIGHT: 287px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="http://www.emtr.com.br/tms2.jpg" border="0" /></a><br /><br />Willia Lu, estudante de doutorado de uma universidade americana (<a href="http://thequantumlobechronicles.blogspot.com/2009/08/consequences-of-repetitive-thought_19.html">http://thequantumlobechronicles.blogspot.com/2009/08/consequences-of-repetitive-thought_19.html</a>) cita um texto sobre as conseqüências construtivas e desconstrutivas dos pensamentos repetitivos tão comuns em alguns transtornos de ansiedade, como o TOC, por exemplo, os quais são manifestados pelos comportamentos do tipo ruminação, preocupações, pessimismo, entre outros...<br />Bem, esses pensamentos podem ser construtivos, no caso de se “elaborar”, “descobrir”, “transformar” ou qualquer outro verbo que se queira dar em relação aos traumas que levaram a esse tipo de comportamentos. As conseqüências desconstrutivas são mais óbvias, porém não menos importantes: levam a patologias ou transtornos de ansiedade e depressão.<br />Para uma leitura mais detalhada, buscar o site: http://www.apa.org/journals/features/bul1342163.pdf<br /></div>Marta Bolshawhttp://www.blogger.com/profile/12388309905873017984noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4630182012758704692.post-32662422850275725142009-08-15T15:36:00.000-07:002009-08-29T15:39:53.609-07:00TEMPO DE REAÇÃO<a href="http://ficcino.files.wordpress.com/2007/04/palavras.jpg"><img style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 640px; CURSOR: hand; HEIGHT: 480px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="http://ficcino.files.wordpress.com/2007/04/palavras.jpg" border="0" /></a><br /><div align="justify"><br /><br />Às vezes fico pensando, como pesquisadora em neurociências/psicologia: estamos sempre almejando e buscando dados quantitativos, ou seja, material objetivo para nosso campo de pesquisas e muitas vezes nos deparamos com questões que nos remetem a individualidade humana (no sentido de cada ser humano na sua forma singular).<br /><br />O post de Osame Kinouchi, cujo site é: <a href="http://comciencias.blogspot.com/2009/08/por-que-psicologos-devem-estudar.html">http://comciencias.blogspot.com/2009/08/por-que-psicologos-devem-estudar.html</a>, me fez refletir sobre este assunto dentro da perspectiva do tempo de reação.<br /><br />Em neuropsicologia é bastante comum nos concentrarmos em dados quantitativos e análises estatísticas, apesar de levarmos em consideração os dados qualitativos também.<br />Contudo no final das contas a média e o desvio padrão nem sempre levam em consideração estes últimos nos seus resultados.<br /><br />Kinouchi levanta esta questão: o tempo de reação em humanos pode ser totalmente padronizado e quantificado em situações experimentais, seguindo a lei de Hick’s? em outras palavras: existem constância no tempo de reação diante de algumas tarefas nos seres humanos?<br />Segundo o autor do post em questão: não. A lei da entropia nos conduz para tempos de reação que passam por contexto (de sobrevivência inclusive), motivação e demandas específicas. Ele cita tempos de reação com estímulos que seriam nomeação de palavras e outros que seriam de decisão visual lexical e mostra que pode haver variações enormes diante de cada indivíduo em relação ao contexto da tarefa.<br /><br />Em outras palavras, o ser humano (in vivo) é inconstante diante dos diversos estímulos e surpreendente em suas respostas e tempos de reação!</div>Marta Bolshawhttp://www.blogger.com/profile/12388309905873017984noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4630182012758704692.post-74885604302760459842009-08-07T13:02:00.000-07:002009-09-17T09:00:14.401-07:00NEUROLITERATURA: TARJA PRETA, O LIVRO<div align="justify"><a href="http://www.terra.com.br/istoedinheiro/434/fotos/tarja_preta.jpg"><img style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 150px; CURSOR: hand; HEIGHT: 200px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="http://www.terra.com.br/istoedinheiro/434/fotos/tarja_preta.jpg" border="0" /></a><br /><br /><br />Acabei de ler um livro de contos contemporâneo intitulado: “Tarja Preta”. Escrito por autores como: Jorge Furtado, Pedro Bial, Adriana Falcão, Luiz Ruffato, entre outros. O livro além de bem escrito, com uma linguagem contemporânea e leitura muitíssimo agradável, sensível e bem humorada, toca em um dos temas mais atuais da modernidade: as substâncias químicas.<br /><br />Como psicóloga e estudante de neurociências me chama a atenção dois pontos: a familiaridade de autores não-científicos (romancistas) com a nomenclatura da neurociência (sem entrar em questão com a fidedignidade do conteúdo, afinal de conta trata-se de ficção). Outro ponto é: o uso dos medicamentos de tarja preta na sociedade contemporânea. Como se tomar um antidepressivo ou ansiolítico fosse algo necessário para conviver com os vários tipos de estresses, transtornos e sofrimentos do mundo que criamos (paradoxal, não?). E por isso mesmo os textos descrevem uma naturalização da vida artificial na qual sobrevivemos. O fato é que perdemos o controle dos acontecimentos e mesmo das nossas vidas ou pelo menos isso ficou mais consciente para a humanidade. Mas será que em algum momento já tivemos o controle?<br /><br />No século passado como o ser humano lidava com a angustia e com o sofrimento? Bem, não sei ao certo, todavia não havia remédio pra tratá-los e a psicanálise ainda era algo para elites e considerada controvérsia. Contudo as pessoas viviam sem os medicamentos tarja preta.<br /><br />Atualmente esse tipo de medicalização é comum, usado fora do meio, exclusivamente psiquiátrico, e gera muitos milhões para a indústria farmacêutica!<br /><br />Os contos do livro em questão passeiam por esse universo do mais cotidiano ao surreal, porém sempre levando em consideração o uso destas substâncias nas mais variadas perspectivas de vida humana.<br /></div>Marta Bolshawhttp://www.blogger.com/profile/12388309905873017984noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-4630182012758704692.post-39634644685209475932009-08-05T12:58:00.000-07:002009-09-17T09:05:53.042-07:00VÍCIOS<div align="justify"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjYMnBi4afIarYLxxOcaTvPyQ1FJB_IewwM8awYMMud9bl2B8yK2mb5nob2DHaoQt6OEqyV_PbYr5ShqXkrU81Q1p1WYlEzxW0-yhe2l7eY_lOu0hS9aBlPik1L9Ap9-BzhJDTRYJKdhUoY/s400/blog+vicios.jpg"><img style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 400px; CURSOR: hand; HEIGHT: 283px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjYMnBi4afIarYLxxOcaTvPyQ1FJB_IewwM8awYMMud9bl2B8yK2mb5nob2DHaoQt6OEqyV_PbYr5ShqXkrU81Q1p1WYlEzxW0-yhe2l7eY_lOu0hS9aBlPik1L9Ap9-BzhJDTRYJKdhUoY/s400/blog+vicios.jpg" border="0" /></a><br /><br /><br />O que determina os vícios? A quantidade de uso, sua freqüência e/ou interações químicas de determinada substâncias no cérebro humano e animal? Quais substâncias podem viciar? Álcool, drogas nicotina, comida, sexo, exercícios? Existe pré-disposição genética ou o vicio é um comportamento aprendido?<br />Bem, será impossível responder a todas essas perguntas num só post e na verdade minha intenção não é essa, mas segundo a ciência atual todos esses fatores citados acima contribuem para a construção de um vício. Contudo, todos os vícios têm um fato em comum: produzem prazer! Mais especificamente: as substâncias viciantes liberam neurotransmissores como endorfinas e dopaminas.<br />Minha intenção aqui é reportar o tema levantado em uma notícia científica, publicada em o globo online, sobre o vício em exercícios físicos. Pois alguns vícios sempre me soaram como paradoxais: sexo, comida e exercícios físicos.<br />O ponto a ser discutido é: exercícios não são saudáveis e estimulados em nossa cultura? Como podem se tornar um vício? Novamente a pergunta: o que determina que seja vício e não uma atividade feita com uma frequencia prazerosa?<br />“Segundo os pesquisadores, uma maior compreensão dos comportamentos que provocam a liberação das substâncias associadas ao prazer no cérebro pode auxiliar na criação de tratamentos que incorporem a prática moderada de exercícios”. O globo<br />Caso contrário o sujeito troca um vício por outro!<br />Para maiores informações: site BBC Brasil.<br /></div>Marta Bolshawhttp://www.blogger.com/profile/12388309905873017984noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4630182012758704692.post-91250292171077614502009-07-12T08:21:00.000-07:002009-07-20T09:54:26.920-07:00EXTRA! EXTRA! DESCOBERTA FOTO DE PHINEAS GAGE<div align="justify"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhjuBit_38vJdq2DYi8NFfic7_rer_q_xRosGw1h9gaX9lFWMm9zn8eUkEhPDN8EJ52Brmj_fyURDvphSm1lVv_hlOg6wdDIypC26w57J3-n1TrCDWm0nIzmKRBZTZGP9upW_pw5BWy3VI/s1600-h/gage.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5360563584262583058" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 172px; CURSOR: hand; HEIGHT: 200px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhjuBit_38vJdq2DYi8NFfic7_rer_q_xRosGw1h9gaX9lFWMm9zn8eUkEhPDN8EJ52Brmj_fyURDvphSm1lVv_hlOg6wdDIypC26w57J3-n1TrCDWm0nIzmKRBZTZGP9upW_pw5BWy3VI/s200/gage.jpg" border="0" /></a> Esta foto de Phineas Gage está exposta no <a href="https://www.countway.harvard.edu/menuNavigation/historicalResources/warrenAnatomicalMuseum.html">Warren Anatomical Museum</a>, nos EUA há 30 anos. Contudo a identidade da foto era desconhecida. Recentemente foi confirmada a hipótese da fotografia em questão ser do paciente tão debatido na neurociência.( <a href="http://bps-research-digest.blogspot.com/2009/07/first-ever-photo-of-phineas-gage-is.html">http://bps-research-digest.blogspot.com/2009/07/first-ever-photo-of-phineas-gage-is.html</a>).<br />As informações das descrições feitas sobre Gage na época, assim como a presença da barra de ferro e das cicatrizes no rosto levaram a certeza de sua identidade.<br />A foto mostra um Gage elegante, bonito e orgulhoso e termina com os boatos de que suas mudanças comportamentais seriam devido a sua má aparência física depois do acidente! (Esta foto foi feita depois do acidente)<br />Podemos fazer a observação de que quando não temos fatos e dados a imaginação humana pode ir longe...<br /><br /></div>Marta Bolshawhttp://www.blogger.com/profile/12388309905873017984noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4630182012758704692.post-52060306197186272332009-07-10T07:09:00.000-07:002009-07-20T07:19:12.419-07:00HORMÔNIO ESTRADIOL<a href="http://3.bp.blogspot.com/_pZZMKzoqazU/Rx4jmrBoq9I/AAAAAAAAADk/1Cz5IL2srD0/s200/eardiagram.jpg"><img style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 200px; CURSOR: hand; HEIGHT: 129px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="http://3.bp.blogspot.com/_pZZMKzoqazU/Rx4jmrBoq9I/AAAAAAAAADk/1Cz5IL2srD0/s200/eardiagram.jpg" border="0" /></a><br /><div align="justify">Cientistas da Universidade de Rochester, em Nova York comprovaram pela primeira vez que o hormônio estrodiol age diretamente sobre a audição humana. Homens teriam a audição diminuída e mulheres antes da menstruação (TPM) também. Além destas evidências hormonais entre gêneros, existem pesquisas confirmando a baixa deste hormônio em mulheres que retiraram os ovários por algum motivo e também na síndrome de Turner. Em ambos os casos houve uma diminuição da audição, o que nos leva a acreditar que a audição está fortemente ligada ao controle hormonal do estradiol no cérebro.<br />“Embora tais variações não sejam muito grandes, a pergunta, ainda que simbólica, é inevitável: seria o diálogo entre casais sempre tão complicado porque, na verdade, trata-se de uma conversa de surdos? Ou, ao menos, com a audição reduzida?” ( O globo)<br />O estudo foi feito com o estradiol, um dos três estrogênios (os outros dois são o estriol e a estrona). O estradiol é o hormônio sexual por excelência, ligado à puberdade, à reprodução, a caracteres sexuais e, agora também, à audição.<br />Assim como vários estudos comprovaram que a visão está na área occipital do cérebro e não somente nos olhos, agora podemos dizer que a audição está relacionada ao hormônio estradiol, comandado por glândulas cerebrais. Cada vez mais observamos que o maestro de nosso corpo está realmente no cérebro, porém não devemos nos esquecer que sem os músicos não existe orquestra, nem música...</div>Marta Bolshawhttp://www.blogger.com/profile/12388309905873017984noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4630182012758704692.post-1332422886902169702009-07-01T11:30:00.000-07:002009-07-28T11:35:43.413-07:00DIENCÉFALO: TÁLAMO<a href="http://www.guia.heu.nom.br/images/Sistema%20limbico.jpg"><img style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 470px; CURSOR: hand; HEIGHT: 381px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="http://www.guia.heu.nom.br/images/Sistema%20limbico.jpg" border="0" /></a><br /><div align="justify"><br /><br />Como vimos na última postagem, o diencéfalo é compostos de quatro partes principais, entre elas o hipotálamo (assunto do último post) e o tálamo, do qual iremos falar agora. ainda restam duas partes a serem discutidas, o epitálamo e o subtálamo.<br /><br />O tálamo é considerado a porta de entrada para o prosencéfalo, segundo Gazzaniga, quase todas as informações sensoriais passam pelo tálamo antes de atingir o córtex. Existe uma exceção: o sentido olfativo, este tem uma via direta do tronco encefálico pra o córtex (pois o ser humano já precisou bastante deste sentido). Por isso quando mencionamos o tálamo devemos associá-lo à sensibilidade de forma geral ou as aferências (tanto do meio interno como do meio externo). </div><div align="justify"> </div><div align="justify">Alguns estudos também apontam para o tálamo como sendo uma estrutura importante para o processo atencional, o que faz todo o sentido, pois perceber relaciona-se diretamente com a atenção!Durante o sono a porta se fecha e nossos sentidos perceptuais, e consequentemente nossos cérebros descansam... mas nem tanto, pois entram em ação outros funcionamentos cerebrais, os quais nos permitem sonhar... (<a href="http://martabolshaw.blogspot.com/2009/05/teoria-dos-sonhos-segundo-neurociencia.html">http://martabolshaw.blogspot.com/2009/05/teoria-dos-sonhos-segundo-neurociencia.html</a></div>Marta Bolshawhttp://www.blogger.com/profile/12388309905873017984noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4630182012758704692.post-71506718941144285592009-06-22T10:51:00.000-07:002009-07-01T10:55:12.356-07:00DIENCÉFALO<a href="http://www.proyectosalonhogar.com/CuerpoHumano/Cerebro/diencefalo.jpg"><img style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 544px; CURSOR: hand; HEIGHT: 430px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="http://www.proyectosalonhogar.com/CuerpoHumano/Cerebro/diencefalo.jpg" border="0" /></a><br /><div align="justify"><br />O diencéfalo é uma estrutura que fica situada no “centro” do encéfalo, isto é, entre o tronco cerebral e o telencéfalo e abaixo do corpo caloso (estrutura e importantes do epitálamo: o hipotálamo. Sua importância se deve sobre tudo, a sua relação com a hipófise, a qual regula o funcionamento hormonal do corpo.<br />Segundo Gazzaniga, o hipotálamo é uma das regiões mais vitais do cérebro. Ele recebe input e projeta sua influencia para quase todas as partes do corpo. Está ligado a motivação e comportamentos que foram gerados por esta. O hipotálamo se relaciona com a medula espinhal por onde governa muitos órgãos e funções internas e também controla a hipófise ou a glândula pituitária, a qual comanda outras glândulas do organismo produzindo um efeito cascata. Ou seja, a importância do hipotálamo para a regulação hormonal é bem grande e, portanto qualquer lesão nesta região pode trazer muitos danos para o organismo.<br />Outra característica do hipotálamo é comandar o desenvolvimento sexual e reprodutivo. Talvez por isso ou em conseqüência disto, podemos atribuir a diferença de tamanho entre as estruturas femininas e masculinas do hipotálamo. Pesquisas atuais levam pra possibilidade desta estrutura influenciar a orientação sexual, pois descobriram que a parte anterior hipotalâmica é a metade do tamanho em homossexuais quando comparados com heterossexuais. E este é o tamanho do hipotálamo anterior das mulheres. (Gazzaniga, 2005)<br />Acredito que esta é uma estrutura que gera muitas investigações, polêmicas e curiosidades e que devemos ter muito conhecimento para interpretar fatos como este. que divide os hemisférios direito e esquerdo). O diencéfalo pode ser dividido em: tálamo, epitálamo, hipotálamo e subtálamo.<br />Neste momento nos deteremos a respeito de uma das partes mais conhecidas </div>Marta Bolshawhttp://www.blogger.com/profile/12388309905873017984noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4630182012758704692.post-3498566685713920802009-06-20T13:56:00.000-07:002009-06-24T14:00:53.906-07:00CEREBELO<a href="http://www.javeriana.edu.co/Facultades/Ciencias/neurobioquimica/libros/neurobioquimica/cerebelo.jpe"><img style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 545px; CURSOR: hand; HEIGHT: 307px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="http://www.javeriana.edu.co/Facultades/Ciencias/neurobioquimica/libros/neurobioquimica/cerebelo.jpe" border="0" /></a><br /><div align="justify"><br />O cerebelo é uma estrutura do encéfalo que fica situada na parte posterior deste. É conhecido pela sua participação nas funções motoras, isto é, o equilíbrio, a propriocepção, o tônus muscular, a coordenação de movimentos, o tato, assim como sua participação em impulsos visuais e auditivos. As doenças relacionadas ao cerebelo vão desde ataxia cerebelar até estudos realizados com autistas (<a href="http://bases.bireme.br/cgi-bin/wxislind.exe/iah/online/?IsisScript=iah/iah.xis&src=google&base=LILACS&lang=p&nextAction=lnk&exprSearch=513281&indexSearch=ID">http://bases.bireme.br/cgi-bin/wxislind.exe/iah/online/?IsisScript=iah/iah.xis&src=google&base=LILACS&lang=p&nextAction=lnk&exprSearch=513281&indexSearch=ID</a>).<br />Segundo Machado, várias fibras nervosas aferentes saem do cerebelo para o córtex, informando-o sobre as funções citadas acima. No cerebelo existem muitas fibras de associação, as quais integram informações cinestésicas com outras, Além disso, é no cerebelo que ficam as fibras da célula de Purkinje, a qual é um neurônio aferente do córtex cerebelar. ( <a href="http://www.lookfordiagnosis.com/mesh_info.php?term=C%C3%A9lulas+De+Purkinje&lang=3">http://www.lookfordiagnosis.com/mesh_info.php?term=C%C3%A9lulas+De+Purkinje&lang=3</a>)<br />O cerebelo é a única estrutura do encéfalo que possui um córtex (além do telencéfalo), sendo neste caso, um córtex cerebelar. É, por isso, chamado também de “pequeno cérebro”. Portanto, o cerebelo tem uma superfície extensa e revestida de substância cinzenta por fora e de substância branca por dentro (corpo medular do cerebelo).<br />O cerebelo é dividido em parte anterior e posterior pelo vérmis e em hemisfério direito e esquerdo pela fissura prima. Outra parte importante desta estrutura é o lobo floco-nodular, a qual se localiza na parte anterior do cerebelo e é responsável pelo ouvido interno e consequentemente pelo equilíbrio.<br />“O cerebelo é um órgão que faz parte do Sistema Nervoso suprasegmentar, que se origina da parte dorsal do metencéfalo. A palavra cerebelo origina-se do latim e significa "pequeno cérebro". Sua função básica é a de modular e regular a função motora, coordenando os movimentos, regulando o equilíbrio, o tônus muscular e mantendo a postura.” (<a href="http://www.geocities.com/epamjr/neuro/cerebelo.html">http://www.geocities.com/epamjr/neuro/cerebelo.html</a>).<br />Concluindo: o cerebelo é uma estrutura importantíssima na regulação dos sistemas de movimento e seu estudo é pertinente para a compreensão e tratamento de patologias relacionadas a esta estrutura.</div>Marta Bolshawhttp://www.blogger.com/profile/12388309905873017984noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-4630182012758704692.post-5539622120725653792009-06-10T11:10:00.000-07:002009-06-16T11:15:50.527-07:00O ENCÉFALO NOSSO DE CADA DIA: o tronco encefálico<a href="http://www.colegiosaofrancisco.com.br/alfa/corpo-humano-sistema-nervoso/imagens/sistema-nervoso-25-thumb.jpg"><img style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 250px; CURSOR: hand; HEIGHT: 203px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="http://www.colegiosaofrancisco.com.br/alfa/corpo-humano-sistema-nervoso/imagens/sistema-nervoso-25-thumb.jpg" border="0" /></a><br /><div align="justify"><br />Sabemos da importância e valor do nosso cérebro e o quanto ele é atualmente noticiado e “badalado” na mídia, contudo não nos damos conta de quanto nosso encéfalo (pois é o que na verdade chamamos de cérebro, na terminologia de neuroanatomia denomina-se encéfalo) é especializado e seu estudo detalhado!<br />O encéfalo, em neuroanatomia, incorpora várias estruturas: telencéfalo, corpo caloso, diencéfalo, tronco encefálico e cerebelo.<br />Vamos descrever o tronco encefálico e suas funções. Esta estrutura do encéfalo é também conhecida por cérebro repteliano (pois os répteis têm cérebros similares) e, portanto pode ser considerada uma estrutura que coordena funções mais básicas (porém importantíssimas!) do encéfalo, como respiração, batimentos cardíacos, o sistema de sono e vigília, alguns tipos de reflexos (como o vômito), etc.<br />O troco encefálico é divido em três partes: bulbo, ponte e mesencéfalo. Cada um com características particulares, porém relacionadas sempre ás funções citadas acima. Existe também nesta estrutura, um importante feixe de fibras, chamado de formação reticular (leva as informações do tronco encefálico para o córtex cerebral), o qual é responsável basicamente pelo sono e vigília.<br />Segundo Machado, no tronco encefálico está localizado vários núcleos de nervos cranianos, viscerais ou somáticos. A ativação destas estruturas por impulsos nervosos de origem telencefálica ou diencefálica ocorre nos estados emocionais, levando às diversas manifestações de emoção: choro, sudorese, salivação, aumento dos batimentos cardíacos, alterações fisionômicas, entre outras. Contudo seu papel não é de “gerador” ou mesmo de interprete das emoções, o tronco encefálico está mais ligado às expressões físicas das mesmas.<br />Concluindo o tronco encefálico é uma estrutura fundamental para as regulações básicas e vitais do organismo, ele é bem ligado aos mecanismos fisiológicos e funciona como pano de fundo para o que chamamos de funções secundárias ou “superiores”, ele nos permite pensar, nos emocionarmos, agir, nos comunicarmos, sermos empáticos e altruístas, sem nos preocuparmos com as nossas funções vitais de sobrevivência. Uma coisa é certa: não sobrevivemos sem o tronco encefálico, porém bebês que nascem sem o telencéfalo sobrevivem por um curto tempo.</div>Marta Bolshawhttp://www.blogger.com/profile/12388309905873017984noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-4630182012758704692.post-79568424616525939762009-06-05T09:55:00.000-07:002009-06-10T10:04:09.943-07:00EMPATIA<a href="http://www.carlos-lopes.com/literatura/empatia_cut.jpg"><img style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 370px; CURSOR: hand; HEIGHT: 654px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="http://www.carlos-lopes.com/literatura/empatia_cut.jpg" border="0" /></a><br /><div><a href="http://www.nelavicente.com/galeria/empatia.jpg"></a><br /><br /><div align="justify">A palavra empatia nos traz dúvidas, ela faz parte de um atributo humano (somente humano?) que não é muito fácil de definir ou quantificar. Quanto àquela pessoa é empática? Vai depender de quem avalia, em outras palavras, a empatia é um julgamento que passa pela subjetividade humana. Mas que esse sentimento existe é um fato. E que em alguns casos, ele não existe é também verdadeiro. Vejamos...<br />Uma das definições mais comuns de empatia é: “Tendência para sentir o que sentiria caso se estivesse na situação e circunstâncias experimentadas por outra pessoa” (<a href="http://www.dicionarioinformal.com.br/definicao.php?palavra=empatia&id=945">http://www.dicionarioinformal.com.br/definicao.php?palavra=empatia&id=945</a>). Ou como cita Leher: “A habilidade de entender ou partilhar os sentimento do outro”.<br />Estas afirmações implicam em uma capacidade humana (que outros animais também possuem) que o neurocientista John Leher foi buscar em Adam Smith: a capacidade de imaginação. O insight do autor (<a href="http://scienceblogs.com/cortex/2009/05/empathy.php">http://scienceblogs.com/cortex/2009/05/empathy.php</a>) foi incrível: não podemos sentir ou passar pela mesma experiência do outro, mas podemos imaginá-las tendo como referência os nossos sentimentos e emoções (que nos seres humanos sem psicopatologia são similares). Então a empatia seria a capacidade de imaginar e de alguma forma compreender os sentimentos alheios.<br />Outro ponto importante, destacado pelo autor foi a observação de a empatia é um sentimento baseado em um julgamento, o qual nunca é neutro. Segundo Smith, os julgamentos estão sempre baseados em questões morais. Portanto ser empático com alguém é fazer um julgamento moral (a partir das próprias emoções) e imaginar que compartilha o sentimento do outro. É importante ressaltar que mesmo o julgamento sendo um atributo racional, ele está intrinsecamente ligado ao aspecto emocional individual.<br />Mais ainda: quando não há empatia nos seres humanos em nenhuma circunstância? Nas psicopatias. Os psicopatas não se colocam no lugar do outro! Em psicologia estuda-se a psicopatologia como sendo a falta de um julgamento moral, ou melhor, a transgressão dele. Psicopatas não são empáticos nunca.<br />Tudo bem, algumas pessoas, considerada saudáveis mentalmente, também não. Será que eu estou fazendo um julgamento moral?</div></div>Marta Bolshawhttp://www.blogger.com/profile/12388309905873017984noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4630182012758704692.post-62055976372482762602009-06-03T17:52:00.000-07:002009-06-08T17:56:39.824-07:00DEPRESSÃO NA ADOLESCÊNCIA<a href="http://armazemdeluzes.files.wordpress.com/2008/08/depressao.jpg"><img style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 500px; CURSOR: hand; HEIGHT: 333px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="http://armazemdeluzes.files.wordpress.com/2008/08/depressao.jpg" border="0" /></a><br /><div align="justify"><br />Um estudo publicado no New York Times (<a href="http://www.nytimes.com/2009/06/03/health/research/03teens.html?em">http://www.nytimes.com/2009/06/03/health/research/03teens.html?em</a>) está contribuindo para a afirmação de que a depressão pode ter um forte fator hereditário. O estudo demonstra que adolescentes que tiveram um dos pais com depressão, durante suas infâncias, mostraram maior taxa de depressão na adolescência. Isso faz sentido, mas não determina a questão.<br />Por que faz sentido? Por questões neurobiológicas e também ambientais, ou seja, uma pré- disposição no funcionamento dos neurotransmissores, adicionado aos comportamentos dos pais depressivos durante um período de vida em que se precisa de atenção (na infância e na própria adolescência) pode ser um fato muito relevante.<br />O estudo pretendia ter uma visão preventiva da doença. Então foram selecionados 316 adolescentes em idades entre 13 e 17 anos e cujos pais tinham atualmente ou tiveram no passado episódios de depressão. E outro grupo de adolescentes cujos pais eram saudáveis.<br />A pesquisa, que foi realizada em quatro cidades dos EUA, consistia em comparar grupo de adolescentes com pais depressivos e outros com pais saudáveis e separá-los, de maneira randomizada, em dois grupos: um receberia sessões semanais em grupo de algum tipo de cuidado extra, e o outro grupo receberia os mesmos cuidados de sempre.<br />O resultado foi que os filhos de pais deprimidos que receberam este cuidado extra mostraram maior grau de depressão do que os filhos de pais saudáveis. Além disso, essa diferença foi ainda maior no grupo em que não receberam o cuidado extra, mas apenas o usual. Isso é, os filhos de pais deprimidos sem cuidados extras tiveram uma porcentagem de depressão muito maior em relação ao outro grupo.<br />Podemos pensar que a depressão é um comportamento também aprendido? Não necessariamente, pois além dos fatores neurobiológicos influenciarem, não podemos descartar a plasticidade que os seres humanos podem ter em relação ao comportamento e as aprendizagens. Fora isso, cada caso tem suas peculiaridades, pois uma mãe deprimida, por exemplo, nem sempre é quem cuida efetivamente de seu filho, dependendo da gravidade da depressão, será que isso foi levado em consideração no estudo? </div>Marta Bolshawhttp://www.blogger.com/profile/12388309905873017984noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4630182012758704692.post-16060651031723551252009-05-27T13:15:00.000-07:002009-06-01T13:30:14.582-07:00AMNÉSIA<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEieAX3EQBV5npDyztnUc-QsDhvhPFQUy48YEBciyk0fftir9gVSAfSQY4M1a2GkDsnUkquoZ-dzRrtzwJMbXvHbizxH3V7xiqXXk95VEEWbyjCtfLng-bo1SlW9Cs8m3Rf_qRgLX94_S0wV/s320/1+amnesia.JPG"><img style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 301px; CURSOR: hand; HEIGHT: 320px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEieAX3EQBV5npDyztnUc-QsDhvhPFQUy48YEBciyk0fftir9gVSAfSQY4M1a2GkDsnUkquoZ-dzRrtzwJMbXvHbizxH3V7xiqXXk95VEEWbyjCtfLng-bo1SlW9Cs8m3Rf_qRgLX94_S0wV/s320/1+amnesia.JPG" border="0" /></a><br /><div align="justify"><br />É comum em crimes que vão a julgamento, os assassinos relatarem amnésia falsa focal e retrógrada em relação ao crime ocorrido. A defesa alega, freqüentemente, que houve um lapso de memória, justamente no momento do crime. Este tipo de fenômeno ocorre em 45% dos crimes que vão à tribunal. Ora, sabemos, atualmente, que este tipo de amnésia é bastante raro.<br />Essa falsa amnésia pode ser verificada através de testes por alguns pesquisadores. Um dos testes foi feito quando aplicaram provas de múltipla escolha nos criminosos, onde eram abordados questões sobre o crime. A maioria dos assassinos erra acima do esperado, ou seja, respondem de formas incorretas muitas questões da prova. Isso pode ser uma forma de dizerem que suas histórias (contadas no tribunal) não são verdadeiras. Na verdade eles inibem a resposta correta e colocam como a verdadeira resposta errada (em relação à verdadeira história). Isso nem sempre é fácil de fazer!<br />Além disso, pode-se verificar que as respostas são sendo manipuladas, através de estudos estatísticos que nos dizem que mesmo se um macaco fizesse a prova de 10 questões ele teria 50% de acertos. Contudo, somente a prova de múltipla escolha não é o suficiente para explicar e fechar esta questão. Pois sabemos também que é possível, apesar da baixa probabilidade, de um sujeito errar e quase zera uma prova mesmo tentando fazer o melhor que pode.<br />A equipe de Xue Sun tentou explicar e testar a falsa memória também por outras vias. Em resumo: eles contaram uma história para três grupos de estudantes, onde o final dela era criado por cada estudante e registrado por escrito. (No primeiro (verdadeira memória)) e segundo (falsa amnésia) grupos, eles escutavam a história e escreviam o final dela cada um individualmente, além de responderem provas de múltipla escolha. No segundo grupo é feito uma reconstrução da história, alguns fatos são modificados e registrados por escrito. Já o terceiro grupo apenas escutava a história. Uma semana depois, todos retornaram para contarem a história da maneira mais fidedigna possível, ou seja, todos os grupos deveriam lembrar da verdadeira história e não a reconstruída. E qual o resultado?<br />O primeiro grupo se sai muito bem na tarefa de memória e o segundo e terceiro grupos têm um desempenho bem próximo entre eles e abaixo do primeiro grupo. Isso aponta para a possibilidade de o ensaio ou treino da história verdadeira ter melhorado a memória do primeiro grupo, eles tiveram mais oportunidades de ensaiar a história sem interferências. Os outros grupos acabam saindo perdendo quando não treinam a história verdadeira ou ainda recebem informações diferentes dentro dela. Para maiores detalhes: <span style="color:#33ccff;">http://scienceblogs.com/cognitived.php</span><br />Ou seja, se você for inventar uma mentira, cuidado para não acabar acreditando nela e esquecer o que aconteceu... Bem, às vezes vale a pena esquecer...</div>Marta Bolshawhttp://www.blogger.com/profile/12388309905873017984noreply@blogger.com0