sábado, 15 de agosto de 2009

TEMPO DE REAÇÃO




Às vezes fico pensando, como pesquisadora em neurociências/psicologia: estamos sempre almejando e buscando dados quantitativos, ou seja, material objetivo para nosso campo de pesquisas e muitas vezes nos deparamos com questões que nos remetem a individualidade humana (no sentido de cada ser humano na sua forma singular).

O post de Osame Kinouchi, cujo site é: http://comciencias.blogspot.com/2009/08/por-que-psicologos-devem-estudar.html, me fez refletir sobre este assunto dentro da perspectiva do tempo de reação.

Em neuropsicologia é bastante comum nos concentrarmos em dados quantitativos e análises estatísticas, apesar de levarmos em consideração os dados qualitativos também.
Contudo no final das contas a média e o desvio padrão nem sempre levam em consideração estes últimos nos seus resultados.

Kinouchi levanta esta questão: o tempo de reação em humanos pode ser totalmente padronizado e quantificado em situações experimentais, seguindo a lei de Hick’s? em outras palavras: existem constância no tempo de reação diante de algumas tarefas nos seres humanos?
Segundo o autor do post em questão: não. A lei da entropia nos conduz para tempos de reação que passam por contexto (de sobrevivência inclusive), motivação e demandas específicas. Ele cita tempos de reação com estímulos que seriam nomeação de palavras e outros que seriam de decisão visual lexical e mostra que pode haver variações enormes diante de cada indivíduo em relação ao contexto da tarefa.

Em outras palavras, o ser humano (in vivo) é inconstante diante dos diversos estímulos e surpreendente em suas respostas e tempos de reação!

Nenhum comentário: