quarta-feira, 28 de maio de 2008

COMO O CÉREBRO DETECTA A EMOÇÃO DOS OUTROS




Como vimos na última postagem, vamos analisar a pesquisa citada e suas correlações com as funções cognitivas e estruturais do cérebro.

Pessoas que são boas em interpretar expressões faciais teriam uma espécie de “neurônio espelho”, dizem os pesquisadores. Tais descobertas explicam que estas células são cruciais a nos ajudar a imaginar ( ou visualizar) como os outros agem e sentem (emoções).

“Neurônios espelhos são células do cérebro que são acionadas quando você faz algo ou assiste alguém fazendo ações que estejam no seu repertório de ações”. Segundo a pesquisa, pelo fato dessas células agirem como uma “mímica” do que os outros fazem, pode-se pensar que esses neurônios podem ser responsáveis pelo fato de sentirmos empatia ou entendermos a intenção dos outros e os estados da sua mente (emoções). Pessoas com autismo teriam esse neurônio menos ativos pela dificuldade em relação às tarefas cognitivas sociais.

No estudo de neuroanatomia e fisiologia, está cada vez mais aceita a idéia da existência de módulos no cérebro, ou seja, as funções cerebrais seriam bastante específicas em cada domínio de tarefas. Porém a expressão destas funções cognitivas faz parte de vários aspectos integrados, tanto neurologicamente e em todo o organismo, como também em relação ao ambiente. Estes estudos contemporâneos estariam de acordo com esta hipótese de células neurais espelhadas que podem ser mais ou menos ativadas em decorrência dos comportamentos e consequentemente da sua necessidade, pois os seres humanos e alguns animais precisam do outro como modelo de aprendizagem social, por exemplo. O autismo é uma outra forma de “comprovação”desta idéia, pois se existe uma diminuição da atividade destes neurônios-espelhos, isto demonstra que o comportamento social e o funcionamento cerebral estão bastante relacionados.

Voltaremos ainda a esta questão...

Nenhum comentário: