segunda-feira, 20 de outubro de 2008

FORMULAÇÃO DE HIPÓTESES





Jake Joung escreve seu post num blog de neurociência (http://scienceblogs.com/purepedantry/2008/10/brain_activation_during_hypoth.php?utm_source=readerspicks&utm_medium=link), não sei nada sobre ele ou a respeito do seu blog, mas faço inferências sobre o assunto. Será que Jake é psicólogo, médico, ou outro tipo de cientista? Não sei, mas formulo a hipótese de que ele é um pesquisador em neurociências ou que está apenas fazendo blogs para seu orientador. Se minha hipótese está correta ou não é irrelevante, porém o fato de eu estar a formulando é o objeto de estudo desta pesquisa em questão. Vamos começar nossas formulações hipotéticas...
Kwon et al. se propuseram a scannear o cérebro de algumas pessoas durante tarefas de formulação de hipótese, então, enquanto eu estava imaginando coisas sobre ele e seu campo de estudo, meu cérebro poderia estar sendo mapeado para uma verificação de áreas cerebrais funcionais durante o processamento de meus pensamentos. Contudo houve mais sofisticação nas hipóteses dos pesquisadores, pois se medimos o funcionamento das áreas cerebrais com o método da fRMI durante uma formulação de hipótese, podemos cair no erro de estar medindo várias funções cognitivas juntas. Algumas maneiras dos cientistas resolverem este problema seria fazer um treinamento em formulação de hipóteses e comparar com um grupo não treinado (mas que faz a formulação de hipóteses usando seus próprios recursos). Outro caminho seria mapear pessoas com lesões cerebrais. Eles optaram pela primeira opção.
A proposta da pesquisa é: mapear o cérebro de 18 mulheres, destras, pós-graduadas e dividi-las em dois grupos:
1) Treinamento em formulações de hipóteses com algum grau de sofisticação. Como se eu fosse treinada para formular uma hipótese de que Jake (o autor do post que me inspirou) pudesse ser um cientista que pretende moldar o cérebro de algumas pessoas para torná-las mais hábeis em formulações de hipóteses.
2) Ausência de treinamento em formulação de hipóteses.
Os pesquisadores queriam descobrir:
· Quais áreas do cérebro são mais ativadas durante a formulação de hipóteses.
· Estas áreas estão mais funcionais no grupo que passou por treinamento em formulação de hipóteses?
Bem, qual grupo se sai melhor na tarefa? O grupo que foi treinado se sai melhor nas suas respostas, ou seja, respondem melhor às tarefas propostas.
Quanto ao imageamento cerebral, Kwon ET AL descobrem que o giro frontal superior e inferior (com predominância para o hemisfério esquerdo) são as áreas mais ativadas no grupo que foi treinado para formular hipóteses.

Jake e eu concordamos com a idéia de que existem alguns problemas nestas conclusões: o “n” muito baixo é um deles, outro foi o fato de ser uma amostra só de mulheres destras, o que pode mostrar certo enviezamento na pesquisa. Outro problema seria como termos a certeza destas áreas cerebrais serem exclusivas de formulação de hipóteses e não abranger o que chamamos de função executiva?
Os méritos do paper também são muitos: visualização de funções cognitivas utilizando fRMI “in vivo” e a cores: avaliação de performance e treino de tarefa ao mesmo tempo! Mais uma descoberta incrível: podemos treinar nossas capacidades de formular hipóteses e ficarmos melhores nesta tarefa!
Concluindo este longo post, vamos aprender com kwon e Jake a otimizar nossa plasticidade cerebral, usando cada vez mais (e com qualidade) a massa cinzenta que nos foi dada!

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