sexta-feira, 24 de outubro de 2008

ESCALANDO A MENTE



Alpinistas de alta performance podem ter pequenos danos cerebrais causados por anoxia, durante escaladas em altitudes muito acima do nível do mar..., é o que dizem os cientistas italianos em suas pesquisas com alguns destes esportistas, em artigo publicado no Journal of neurology europeu (http://news.bbc.co.uk/2/hi/health/7676028.stm).
Os pesquisadores escanearam o cérebro de 9 alpinistas de alta performance, todos do sexo masculino, os quais chegaram ao topo de uma alta montanha sem o uso de oxigênio “extra”. Este grupo foi pareado com um “grupo-controle” (sujeitos da mesma idade e sexo, não-alpinistas). Mediu-se, através de MRI, se havia alguma doença ou dano neurológico.
Oito semanas depois... Quando os alpinistas retornaram de suas escaladas, o cérebro foi escaneado novamente e foi detectado uma “sutil” diferença na densidade e volume de massa cerebral, especialmente em duas áreas: trato piramidal esquerdo e giro angular. Ou seja, os cérebros dos alpinistas estavam levemente alterados em comparação ao “grupo-controle”.
Foram aplicados nestes alpinistas e no grupo controle, testes neuropsicológicos, avaliando: memória, planejamento, função executiva, entre outras funções executivas. Observou-se também um desempenho um pouco abaixo da média nesta pequena amostra da população de alpinistas de alta performance.
Os pesquisadores envolvidos na pesquisa acreditam não ser apenas uma única expedição responsável por este dano “sutil” no cérebro dos alpinistas, mas a repetição de algumas viagens, tornando o efeito acumulativo.
Esta notícia nos faz pensar sobre o custo/benefício entre alguns comportamentos humanos, e o risco, ou seja, mesmo estando conscientes de alguns riscos e danos, o ser humano prefere, muitas vezes, viver a aventura e a adrenalina de uma forte emoção. Podemos julgá-los por isso?

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