quinta-feira, 4 de setembro de 2008

FILTRO DE ATENÇÃO SELETIVA



SEGUNDO STERNBERG (2007), a atenção seletiva pode ser de dois tipos: filtro ou gargalo. Ao longo dos anos foram sendo criados vários modelos para atenção. Todos os pesquisadores concordam que a atenção é seletiva em sua essência, seria impossível, prestarmos atenção conscientemente em todos os estímulos ao mesmo tempo. Como vimos na ultima postagem, ela pode ser consciente ou não-consciente. Os pesquisadores vão discordar em relação ao “momento”onde é feita esta filtragem.
O primeiro modelo sobre a atenção seletiva, foi pensado por Broadbent (1958). Para este pesquisador filtramos nossa informação imediatamente após registrá-la em nível sensorial. Ele acreditava que múltiplos canais de entrada de dados sensoriais chegam ao processo de percepção, atribuindo sentido as nossas sensações. Podem passar pelo filtro, além dos estímulos-alvos, outros com características sensoriais distintas ( visão, tato, audição, olfato, pois estes não seriam estímulos competitivos entre si), porém outros estímulos concorrentes ou não relevantes são eliminados da nossa atenção.
Mais tarde Moray (1960), sugeriu que o modelo anterior (Broadbent) estava errado. Moray concluiu que nesse “filtro” passam mensagens “poderosas” e destacadas, como escutar o próprio nome, por exemplo. Ou seja, segundo este segundo modelo, o filtro seletivo bloqueia a informação a nível sensorial, contudo algumas mensagens muito destacadas ultrapassam este mecanismo de filtragem.
Podemos pensar a partir destes modelos que não existe uma rigidez em relação à atenção, pois ela é multimodal.

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