terça-feira, 9 de setembro de 2008

AVALIAÇÃO NEUROPSICOLÓGICA DA ATENÇÃO


Nesta postagem, além de rever alguns conceitos teóricos, vamos estudar alguns testes neuropsicológicos para uma avaliação da atenção de um ponto de vista da Neuropsicologia.
A avaliação da atenção será direcionada para: seletividade (Foco), sustentação (manter o foco), alternância (mudar o foco) e divisão (focar em dois contextos distintos). Portanto, nos testes neuropsicológicos existem maneiras de se medir estes “tipos” de atenção.
Segundo Coutinho, a atenção é sempre modulada pelo interesse e pela necessidade em determinadas tarefas A atenção tem curso flutuante tanto em indivíduos normais como em comprometidos. Raramente a desatenção está presente em todas as ocasiões. Os testes curtos de atenção nem sempre são sensíveis para identificar déficits atencionais e alguns deles medem tanto a capacidade do examinando quanto do examinador. As principais causas de déficits atencionais são: TDAH, depressão, fármacos, seqüelas de TCE, esquizofrenia.
Nos testes de avaliação da atenção é importante, medimos:
A seletividade e a sustentação: para isso podemos usar o teste do cancelamento, o Tavis-3 e o stroop.
A amplitude (quantidade de material que pode ser processado de uma única vez) pode ser medida através do span de dígitos, span de palavras, span de posições espaciais (Corsi, Finger, Windows).
O tempo de reação deve ser medido informalmente e mensurado sempre que possível (Tavis-3, CTP).
A alternância e divisão envolvem a capacidade de alternar continuamente conceitos/ estímulos distintos (trilhas-parte B, Tavis-3, digit symbol).
Existem alguns testes que são altamente dependentes da atenção: aritmética, testes das fichas, substituição de dígitos/símbolos, testes que envolvem percepção visual de detalhes e testes de memória. A atenção está bastante relacionada com a percepção (estímulos), com a memória (principalmente de trabalho), compreensão (foco/consciência) e com a função executiva (resposta/planejamento). Portanto, podemos inferir que a atenção nos acompanha em quase todos os processos cognitivos e alguns pesquisadores não a mede isoladamente.

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