terça-feira, 5 de agosto de 2008

A PSICOLOGIA COGNITIVA E A NATUREZA DO INSIGHT




Como vimos na última postagem, a psicologia cognitiva interessa-se em investigar o como pensamos, como se dá a aprendizagem e o processamento cognitivo. O fenômeno do insight por sua vez, é um dos menos conhecidos nesta área da psicologia/neurociência. A experiência do insight é muitas vezes associada com algo “divino”ou misterioso. Alguns neurocientistas estão tentando desmistificar este pensamento.
Os insights ocorrem normalmente quando menos se espera, ele não ocorre quando estamos estudando, ou num momento de intensa concentração mental, segundo o neurocientista Jonah Lehrer (http://scienceblogs.com/cortex/). Para este estudioso, as maiores descobertas foram feitas por cientistas em momentos de “relaxamento” ou de alguma atividade não relacionada ao seu campo de estudo. Isto não significa que não seja necessário o estudo, como vimos anteriormente, o conhecimento de superdotados e pródigos só se manifesta de maneira brilhante com muito esforço e trabalho.
“Para se chegar a insights, decisões, resoluções de problemas, precisa-se muitas vezes de distrair a mente com outras atividades. Como montar um quebra-cabeça, jogar paciência ou escrever uma poesia. Pois estas atividades abrem um campo para que novas descobertas possam surgir, isto é, idéias e pensamentos que não foram elaborados anteriormente. Para que a experiência do insight ocorra é necessário que haja uma “quebra de pensamento” para que em seguida ocorra a integração de algo novo (mental block).
Jung-Beeman, neurocientista cognitivo declara que o momento do insight vem junto com o sentimento de certeza daquela idéia. O cientista sente que há dúvidas a respeito daquela descoberta. Segundo esta perspectiva foi assim que Newton teve a certeza sobre a teoria da gravidade quando observou a queda da maçã no seu passeio pelo campo!
Alguns artigos (http://scienceblogs.com/cortex/) descrevem possíveis diferenças entre o HD e o HE na experiência do insight e apontam para a predominância do HD neste fenômeno assim como o papel do córtex pré-frontal como um maestro do cérebro.

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