segunda-feira, 18 de agosto de 2008

NO CLIMA DAS OLIMPÍADAS: CÉREBRO E BASQUETE


Estudos com jogadores de basquete (http://www.nature.com/neuro/journal/vaop/ncurrent/abs/nn.2182.html), demonstraram que eles têm uma maior e mais acurada capacidade (em relação a outros profissionais como treinadores ou escritores) de detectar quando uma jogada será feita, Isto é, quando ele vai passar a bola para outro atleta ou mesmo realizar uma “cesta”.
Uma pesquisa foi realizada com 10 jogadores de basquetes profissionais, 10 treinadores e 10 escritores/jornalistas enquanto assistiam a um jogo de basquete. Durante o jogo, foram mensuradas as áreas cerebrais envolvidas de cada sujeito experimental. E observou-se que os jogadores do esporte em questão detectam as jogadas antes de elas serem realizadas (conseguem prevê-las) levando a conclusão de que eles têm uma maior capacidade de leitura corporal de outros
O fato dos jogadores de basquete ter essa facilidade na percepção das jogadas se deve a dois motivos principais:
1) Eles têm maior capacidade de ler os movimentos (cinestesia) do corpo de outro jogador por ter sua área cortical viso- motora, além da área motora propriamente dita, mais desenvolvida do que pessoas que não praticam tal esporte.
2) Eles usam o mecanismo de neurônio-espelho para detectar tais movimentos de forma antecipada.
Estes resultados nos levam a inferir que este tipo de mecanismo perceptivo-comportamental também deva existir em outras profissões que lidem com antecipação de movimentos e/ou comportamento.

2 comentários:

Unknown disse...

Oi Marta, muito interessante o post! Mas podemos imaginar algumas coisas... Por exemplo, um técnico de basquete q também já foi jogador, será que ele teria tal percepção mais apurada? E como podemos explicar técnicos excepcionais q foram jogadores medianos (como o Pat Ryley por exemplo)? Mas concordo com o fato de que jornalistas não sabem nada mesmo do esporte. Nem do basquete, nem de qualquer outro! Só mais um detalhe, um dos principais técnicos do basquete americano, o Phill Jackson, utiliza técnicas de meditação depois dos treinos para que seus atletas mentalizem as jogadas q serão executadas no próximo jogo... Um abraço, Vitor.

Marta Bolshaw disse...

Oi Vitor,
Nesta pesquisa que li, achei o N pequeno, mas eles incluiram alguns treinadores de basquetes e eles não tem essa hablidade viso-cinestésica que os jogadores apresentam,talvez os neuronios espelhos expliquem a diferença do saber e do fazer (experiência).
Vc por exemplo, pode entender de basquete, mas nao deve ter essas áreeas no seu cérebro ativadas!!
Bjs