sexta-feira, 18 de abril de 2008

Neurotransmissores



Para estudar os neurotransmissores é necessário entender como funcionam as sinapses no sistema nervoso. Existem diversas funções sinápticas dos neurônios: pode haver bloqueio de um impulso de um neurônio para o seguinte, alteração (ao invés de um só impulso, ocorrem vários repetidos), ou integração (produzem-se padrões intricados de impulsos nos neurônios sucessivos, oriundos de outros neurônios). Estes conceitos são importantes na compreensão do mecanismo de funcionamento dos neurotransmissores, assim como das drogas que são utilizadas na psicofarmacologia, pois estas tem o objetivo de imitar ou bloquear, a funcionalidade destes transmissores.
As sinapses podem ser elétricas ou químicas, são destas últimas que iremos discutir aqui, tanto por serem maioria no SNC, como por terem como principal componente, o neurotransmissor. A sinapse química se dá quando o primeiro neurônio secreta um composto químico (o neurotransmissor!) na fenda sináptica, e este por sua vez atua sobre proteínas receptoras existentes na membrana do neurônio seguinte, seja para excitá-lo, inibi-lo ou modificar de alguma forma, sua sensibilidade.
Conhece-se atualmente mais de 40 substancias químicas diferentes denominadas como transmissores sinápticos, eles podem ser classificados como pequenas moléculas de ação rápida ou como neuropeptídeos moleculares maiores e com ação mais lenta. Segundo Guyton (1991), podemos dividir as substancias químicas que atuam como neurotransmissores em três classes principais, são elas:

CLASSE 1
Acetilcolina

CLASSE 2: aminas
Noraepinefrina
Epinefrina
Dopamina
Serotonina
Histamina

CLASSE 3: Aminoácidos
GABA
Glicina
Glutamato
Aspartato

Os transmissores de pequenas moléculas e ação rápida são os que causam a maioria das respostas agudas do sistema nervoso, como a transmissão de sinais sensoriais para e no encéfalo e dos sinais motores para os músculos. Por outro lado, os neuropeptídeos atuam de maneira mais prolongada no organismo, como o fechamento mais duradouro de alguns canais iônicos ou alterações a longo prazo dos números de sinapses, por exemplo.

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