segunda-feira, 30 de junho de 2008

A NEUROCIENCIA E O EMPIRISMO LÓGICO



A proposta deste texto é articular o objeto de estudo da neurociência com os autores abordados nas aulas de métodos de pesquisa. Em função dessa escolha, faremos um diálogo entre os conceitos abordados no curso - em especial o empirismo lógico - e a sua utilização como metodologia científica pela neurociência.

A psicologia experimental adota o modelo científico como metodologia para chegar aos seus objetivos: analisar o comportamento animal (incluindo o humano). A neurociência é um campo de estudo que inclui várias áreas da ciência: psicologia, biologia, medicina, química, entre outras, porém sua metodologia será quase sempre experimental, ou seja, objetivista. Partindo do princípio que o estudo da neurociência pretende analisar os processos cognitivos (como a consciência, atenção e linguagem, por exemplo) do ponto de vista científico, busca-se articular esse objeto de estudos com as idéias de alguns autores como Popper e Wittgenstein (primeiro momento).

A neurociência teve uma grande projeção nas ultimas décadas quanto ao estudo do cérebro, mente e aspectos cognitivos. Seu objeto de estudo é analisar a possibilidade de algumas construções mentais, emocionais e comportamentais estarem em substratos físicos como o cérebro. Com o surgimento de novas tecnologias para o mapeamento funcional do cérebro- como a ressonância magnética funcional, a tomografia computadorizada, o PET, assim como outros métodos de imageamento cerebral - tornou-se possível a comprovação de algumas hipóteses dentro da perspectiva de ciência.

O objetivo deste texto é desenvolver idéias de alguns autores ligados a neurociência (Damásio, Lent, Le Doux, Sternberg) com a visão do Empirismo Lógico (primeiro Wittgenstein e Popper). Acredita-se, que existem alguns autores dentro da neurociência, como Sacks, Eldeman e Damásio, que tentam romper com esse paradigma científico, no sentido de contextualizar o sujeito sem o reducionismo próprio do objetivismo, isto significa dizer que uma emoção não é apenas uma junção de circuitos neurais e de neurotransmissores, no entanto, a metodologia destes pesquisadores continua sendo a científica.

Continuaremos com este tema no próxima postagem.

Um comentário:

Anônimo disse...
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