quarta-feira, 10 de junho de 2009

O ENCÉFALO NOSSO DE CADA DIA: o tronco encefálico



Sabemos da importância e valor do nosso cérebro e o quanto ele é atualmente noticiado e “badalado” na mídia, contudo não nos damos conta de quanto nosso encéfalo (pois é o que na verdade chamamos de cérebro, na terminologia de neuroanatomia denomina-se encéfalo) é especializado e seu estudo detalhado!
O encéfalo, em neuroanatomia, incorpora várias estruturas: telencéfalo, corpo caloso, diencéfalo, tronco encefálico e cerebelo.
Vamos descrever o tronco encefálico e suas funções. Esta estrutura do encéfalo é também conhecida por cérebro repteliano (pois os répteis têm cérebros similares) e, portanto pode ser considerada uma estrutura que coordena funções mais básicas (porém importantíssimas!) do encéfalo, como respiração, batimentos cardíacos, o sistema de sono e vigília, alguns tipos de reflexos (como o vômito), etc.
O troco encefálico é divido em três partes: bulbo, ponte e mesencéfalo. Cada um com características particulares, porém relacionadas sempre ás funções citadas acima. Existe também nesta estrutura, um importante feixe de fibras, chamado de formação reticular (leva as informações do tronco encefálico para o córtex cerebral), o qual é responsável basicamente pelo sono e vigília.
Segundo Machado, no tronco encefálico está localizado vários núcleos de nervos cranianos, viscerais ou somáticos. A ativação destas estruturas por impulsos nervosos de origem telencefálica ou diencefálica ocorre nos estados emocionais, levando às diversas manifestações de emoção: choro, sudorese, salivação, aumento dos batimentos cardíacos, alterações fisionômicas, entre outras. Contudo seu papel não é de “gerador” ou mesmo de interprete das emoções, o tronco encefálico está mais ligado às expressões físicas das mesmas.
Concluindo o tronco encefálico é uma estrutura fundamental para as regulações básicas e vitais do organismo, ele é bem ligado aos mecanismos fisiológicos e funciona como pano de fundo para o que chamamos de funções secundárias ou “superiores”, ele nos permite pensar, nos emocionarmos, agir, nos comunicarmos, sermos empáticos e altruístas, sem nos preocuparmos com as nossas funções vitais de sobrevivência. Uma coisa é certa: não sobrevivemos sem o tronco encefálico, porém bebês que nascem sem o telencéfalo sobrevivem por um curto tempo.

Um comentário:

Unknown disse...

Estava procurando uma explicação boa como essa. Obrigada!