quarta-feira, 20 de maio de 2009

CONTINUAÇÃO



Dando continuidade ao tema da última postagem, onde descrevemos os conceitos do IPP, da resposta de sobressalto e da habituação. Examinamos também a hipótese de alguns pesquisadores de que há um déficit destes conceitos em algumas psicopatologias.
Existe uma correlação destes conceitos com a base anatômica cerebral. Estudos pré-clínicos sugerem que o IPP é modulado pelo circuito cortico-estriado-palido-pontino, o qual inclui regiões do cérebro que participam do circuito do medo, como a participação da amígdala na produção do medo e da ansiedade. É possível que a região amigdalar tenha uma sensibilidade disfuncional em pacientes com transtornos de ansiedade.
O PPI é considerado um reflexo pré-atencional no processamento de estímulos, a qual é bastante independente da intervenção cognitiva. A habituação já faz parte do nosso aprendizado, ela é necessária para aprendermos a distinguir estímulos relevantes dos irrelevantes. Isso envolve avaliação cognitiva. Uma possibilidade clínica é que os déficits na habituação deixem o sujeito mais sensível e exposto a estímulos e ameaças ou até mesmo “distorça” a informação sensorial.
Os resultados da pesquisa em questão demonstraram um decréscimo no IPP, na habituação e na resposta de sobressalto em pacientes com transtornos de ansiedade, este foi o primeiro estudo em pacientes com transtorno de ansiedade. Estes dados são mais conclusivos em pacientes com esquizofrenia.

Nenhum comentário: