quarta-feira, 22 de abril de 2009

VACINA CONTRA O STRESS!


Muitas pesquisas investem no conhecimento biopsicossocial em relação à ansiedade e ao estresse. Pois se sabe que o estresse é um dos preços pagos pela vida moderna, porém não entraremos nessa discussão. Contudo é de fundamental importância diferenciar, rapidamente, o conceito de ansiedade (http://www.nnce.org/pubs/2006/2006FreezingeTranstornosdeAnsiedadePsicologia.pdf) e o de estresse. O primeiro é necessário (em alguns níveis) para a sobrevivência. O segundo não, quando de fala em estresse, já se fala de uma ansiedade acima da média e, portanto “patológica” para resumirmos esta questão, a qual também não é nosso objetivo no presente post.
O estresse tem afetado a um grande número de pessoas, e a possibilidade de criação de uma vacina que neutraliza os efeitos do estresse é fantástica. Até porque, segundo os cientistas é mais fácil neutralizar seus efeitos (do estresse) do que impedi-lo!
O pesquisador primatologista Robert Sapolski estuda a possível realização deste desafio: criar uma vacina contra as conseqüências do estresse. A idéia geral da pesquisa é inserir proteínas “neuroprotetoras”, e também estrogênio, de uma forma modificada do vírus do herpes (por ser um tipo de vírus que fica acomodado sem manifestar-se dentro das células nervosas) no córtex de ratos de laboratório e produzir algum tipo de estresse neles, iniciando-se o gatilho de todo o processo de infecção causado pelo vírus do herpes pós-estresse. As proteínas “neuroprotetoras” entram em ação no combate contra a infecção e morte das células afetadas.
Sabe-se, que quando os hormônios relativos ao estresse aumentam na corrente sanguínea, e o organismo é portador do vírus do herpes, por exemplo, gera-se a chance da infecção se instalar, no mínimo por alguns dias. O esforço do sistema imunológico deve aumentar como resposta bioquímica ao estresse (suprimindo-o).
Sapolski está inserindo o vírus do herpes no córtex dos ratos e ao mesmo tempo o que seria o tratamento: proteínas neuroprotetoras, e criando dois grupos de ratos: um deles é o grupo controle e o outro é o grupo experimental. No primeiro, injeta-se apenas o vírus do herpes e cria-se o estímulo estressante. No segundo, injetam-se as proteínas “neuroprotetoras”, além do vírus do herpes e do estimulo estressante. Resultado: os ratos que tiveram o tratamento “medicamentoso” recuperaram as células infectadas e mortas, enquanto os ratos do grupo controle tiveram 40% dos neurônios da região definitivamente afetadas.
Leher (http://scienceblogs.com/cortex/) nos alerta: se ficarmos calmos e relaxados não precisaremos entrar nesta luta, porém enquanto ainda não descobrimos o botão contra o estresse é bem interessante investir contra suas conseqüências, como foi demonstrando nesta pesquisa. O estresse pode gerar vários tipos de doenças, desde herpes, doenças auto-imunes até depressões graves e alguns tipos de perda de memória. Em suma: façam yoga e meditação caso seja possível! CARPEM DIEM!!

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