Esta é uma pergunta que muitos pesquisadores se fazem até hoje, tanto psicólogos, médicos, neurocientistas e até mesmo filósofos. Este conceito apareceu pela primeira vez na língua inglesa no século XII e até hoje levanta muitas questões. Podemos associar a inteligência somente ao pensamento lógico-abstrato? Relaciona-se com a noção de criatividade e resolução de problemas? E com a emoção? Será que os testes de inteligência utilizada atualmente cumprem realmente com a sua função? Quais os modelos de inteligência são mais fidedignos?
O conceito de inteligência é bastante controverso entre os autores do assunto, porém existem três pontos em que eles chegam a um acordo:
1. Capacidade de se adaptar ao ambiente, levando em consideração a experiência e os aprendizados anteriores.
2. A importância da metacognição, a possibilidade de se pensar, refletir ou ter consciência em ralação aos próprios pensamentos.
3. Considerar a relevância da cultura e do contexto em que vive aquela população.
Podemos afirmar, a partir da perspectiva da psicologia cognitiva, que a Inteligência é um conceito que “amarra”, une ou transita por todas (ou quase) as funções cognitivas: memória, atenção, criatividade, resolução de problemas, representação, percepção, linguagem, e o processamento de informação.
“Resumindo, inteligência é a capacidade para aprender a partir da experiência, usando processos metacognitivos para melhorar a aprendizagem, e a capacidade para adaptar-se ao ambiente circundantes, que pode exigir diferentes adaptações dentro de diferentes contextos sociais e culturais” (Stern Berg, 2005)
Ao longo da história da psicologia, temos vários modelos de inteligência, iniciando com Galton, no final do século 19 até Gardner e Weschler (contemporaneidade). Ambos criaram suas teorias: “Inteligências Múltiplas” (Gardner) e o modelo de “Inteligência Geral” (QI) e a criação de testes para crianças e adultos (WISC e WAIS – Weschler). Só para termos uma idéia, o primeiro (Galton) avaliava a inteligência a partir de parâmetros físicos (força física, discriminação de peso, por exemplo) e os últimos levam em consideração algumas tarefas (Weschler) e módulos (Gardner) diferentes entre si, Weschler trabalha com um escore geral, já Gardner utiliza a idéia de inteligência de forma modular, dando autonomia a cada uma.
Existe ainda uma riqueza enorme de pesquisas sobre inteligência aplicadas em culturas e contextos distintos, mostrando-nos que este é um constructo que deve ser analisado de diversos pontos de vistas, como o pensamento linear ocidental e o dialético oriental, mas isso é assunto para outra postagem!
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