quarta-feira, 5 de novembro de 2008

Amor e ódio: iguais ou opostos?





Pesquisadores descobriram (http://www.independent.co.uk/news/science/scientists-prove-it-really-is-a-thin-line-between-love-and-hate-976901.html) haver uma linha muito tênue entre os sentimentos de amor romântico e o ódio. Um fato a princípio surpreendente, já que encaramos estes sentimentos como opostos. Serão mesmo lados contrários da mesma moeda?
A pesquisa demonstra através de imageamento cerebral que as áreas cerebrais atingidas por um sentimento (amor romântico) é muito semelhante às áreas atingidas pelo outro (ódio). Os estudos demonstram que esses sentimentos podem levar a atos e comportamentos bastante similares: gestos de heroísmo e crueldade. É mais ou menos fácil admitirmos nossa “crueldade” em relação a pessoas que temos algum tipo de desafeto. Mas quem nunca foi cruel nos seus sentimentos (ou pensamentos?) diante de uma rivalidade amorosa ou mesmo em relação ao objeto amado?
O sentimento de ódio é sempre visto como um “mal” que deve ser eliminado do vocabulário humano, porém muitas vezes um sentimento extremo de amor (a paixão) pode ser igualmente devastador , como o crime passional por exemplo.
As áreas do cérebro relacionadas a esses sentimentos são: a insula e o putâmen, ambos situados no sub-córtex do cérebro. A insula está ligada a respostas em relação a algum estímulo aflitivo e o putâmen está ligado a estímulos aversivos, reação de desprezo, assim como a ação e movimentos físico (preparação pra atos agressivos ou contexto de disputa). Basicamente, os pesquisadores definem essas áreas como detectoras de sinais aflitivos!
Bem, podemos inferir a partir deste estudo que o amor e o ódio não devem ser sentimentos opostos propriamente, dado ao grau de intensidade e “paixão”, além do potencial destrutivo que ambos possuem. Talvez possamos pensar no altruísmo como um contraste do amor e ódio. E também nos faz refletir sobre a idéia de que muitas vezes, os opostos falam da mesma coisa! (acho que esta frase define muito bem este experimento).

Nenhum comentário: