segunda-feira, 22 de junho de 2009

DIENCÉFALO



O diencéfalo é uma estrutura que fica situada no “centro” do encéfalo, isto é, entre o tronco cerebral e o telencéfalo e abaixo do corpo caloso (estrutura e importantes do epitálamo: o hipotálamo. Sua importância se deve sobre tudo, a sua relação com a hipófise, a qual regula o funcionamento hormonal do corpo.
Segundo Gazzaniga, o hipotálamo é uma das regiões mais vitais do cérebro. Ele recebe input e projeta sua influencia para quase todas as partes do corpo. Está ligado a motivação e comportamentos que foram gerados por esta. O hipotálamo se relaciona com a medula espinhal por onde governa muitos órgãos e funções internas e também controla a hipófise ou a glândula pituitária, a qual comanda outras glândulas do organismo produzindo um efeito cascata. Ou seja, a importância do hipotálamo para a regulação hormonal é bem grande e, portanto qualquer lesão nesta região pode trazer muitos danos para o organismo.
Outra característica do hipotálamo é comandar o desenvolvimento sexual e reprodutivo. Talvez por isso ou em conseqüência disto, podemos atribuir a diferença de tamanho entre as estruturas femininas e masculinas do hipotálamo. Pesquisas atuais levam pra possibilidade desta estrutura influenciar a orientação sexual, pois descobriram que a parte anterior hipotalâmica é a metade do tamanho em homossexuais quando comparados com heterossexuais. E este é o tamanho do hipotálamo anterior das mulheres. (Gazzaniga, 2005)
Acredito que esta é uma estrutura que gera muitas investigações, polêmicas e curiosidades e que devemos ter muito conhecimento para interpretar fatos como este. que divide os hemisférios direito e esquerdo). O diencéfalo pode ser dividido em: tálamo, epitálamo, hipotálamo e subtálamo.
Neste momento nos deteremos a respeito de uma das partes mais conhecidas

sábado, 20 de junho de 2009

CEREBELO



O cerebelo é uma estrutura do encéfalo que fica situada na parte posterior deste. É conhecido pela sua participação nas funções motoras, isto é, o equilíbrio, a propriocepção, o tônus muscular, a coordenação de movimentos, o tato, assim como sua participação em impulsos visuais e auditivos. As doenças relacionadas ao cerebelo vão desde ataxia cerebelar até estudos realizados com autistas (http://bases.bireme.br/cgi-bin/wxislind.exe/iah/online/?IsisScript=iah/iah.xis&src=google&base=LILACS&lang=p&nextAction=lnk&exprSearch=513281&indexSearch=ID).
Segundo Machado, várias fibras nervosas aferentes saem do cerebelo para o córtex, informando-o sobre as funções citadas acima. No cerebelo existem muitas fibras de associação, as quais integram informações cinestésicas com outras, Além disso, é no cerebelo que ficam as fibras da célula de Purkinje, a qual é um neurônio aferente do córtex cerebelar. ( http://www.lookfordiagnosis.com/mesh_info.php?term=C%C3%A9lulas+De+Purkinje&lang=3)
O cerebelo é a única estrutura do encéfalo que possui um córtex (além do telencéfalo), sendo neste caso, um córtex cerebelar. É, por isso, chamado também de “pequeno cérebro”. Portanto, o cerebelo tem uma superfície extensa e revestida de substância cinzenta por fora e de substância branca por dentro (corpo medular do cerebelo).
O cerebelo é dividido em parte anterior e posterior pelo vérmis e em hemisfério direito e esquerdo pela fissura prima. Outra parte importante desta estrutura é o lobo floco-nodular, a qual se localiza na parte anterior do cerebelo e é responsável pelo ouvido interno e consequentemente pelo equilíbrio.
“O cerebelo é um órgão que faz parte do Sistema Nervoso suprasegmentar, que se origina da parte dorsal do metencéfalo. A palavra cerebelo origina-se do latim e significa "pequeno cérebro". Sua função básica é a de modular e regular a função motora, coordenando os movimentos, regulando o equilíbrio, o tônus muscular e mantendo a postura.” (http://www.geocities.com/epamjr/neuro/cerebelo.html).
Concluindo: o cerebelo é uma estrutura importantíssima na regulação dos sistemas de movimento e seu estudo é pertinente para a compreensão e tratamento de patologias relacionadas a esta estrutura.

quarta-feira, 10 de junho de 2009

O ENCÉFALO NOSSO DE CADA DIA: o tronco encefálico



Sabemos da importância e valor do nosso cérebro e o quanto ele é atualmente noticiado e “badalado” na mídia, contudo não nos damos conta de quanto nosso encéfalo (pois é o que na verdade chamamos de cérebro, na terminologia de neuroanatomia denomina-se encéfalo) é especializado e seu estudo detalhado!
O encéfalo, em neuroanatomia, incorpora várias estruturas: telencéfalo, corpo caloso, diencéfalo, tronco encefálico e cerebelo.
Vamos descrever o tronco encefálico e suas funções. Esta estrutura do encéfalo é também conhecida por cérebro repteliano (pois os répteis têm cérebros similares) e, portanto pode ser considerada uma estrutura que coordena funções mais básicas (porém importantíssimas!) do encéfalo, como respiração, batimentos cardíacos, o sistema de sono e vigília, alguns tipos de reflexos (como o vômito), etc.
O troco encefálico é divido em três partes: bulbo, ponte e mesencéfalo. Cada um com características particulares, porém relacionadas sempre ás funções citadas acima. Existe também nesta estrutura, um importante feixe de fibras, chamado de formação reticular (leva as informações do tronco encefálico para o córtex cerebral), o qual é responsável basicamente pelo sono e vigília.
Segundo Machado, no tronco encefálico está localizado vários núcleos de nervos cranianos, viscerais ou somáticos. A ativação destas estruturas por impulsos nervosos de origem telencefálica ou diencefálica ocorre nos estados emocionais, levando às diversas manifestações de emoção: choro, sudorese, salivação, aumento dos batimentos cardíacos, alterações fisionômicas, entre outras. Contudo seu papel não é de “gerador” ou mesmo de interprete das emoções, o tronco encefálico está mais ligado às expressões físicas das mesmas.
Concluindo o tronco encefálico é uma estrutura fundamental para as regulações básicas e vitais do organismo, ele é bem ligado aos mecanismos fisiológicos e funciona como pano de fundo para o que chamamos de funções secundárias ou “superiores”, ele nos permite pensar, nos emocionarmos, agir, nos comunicarmos, sermos empáticos e altruístas, sem nos preocuparmos com as nossas funções vitais de sobrevivência. Uma coisa é certa: não sobrevivemos sem o tronco encefálico, porém bebês que nascem sem o telencéfalo sobrevivem por um curto tempo.

sexta-feira, 5 de junho de 2009

EMPATIA




A palavra empatia nos traz dúvidas, ela faz parte de um atributo humano (somente humano?) que não é muito fácil de definir ou quantificar. Quanto àquela pessoa é empática? Vai depender de quem avalia, em outras palavras, a empatia é um julgamento que passa pela subjetividade humana. Mas que esse sentimento existe é um fato. E que em alguns casos, ele não existe é também verdadeiro. Vejamos...
Uma das definições mais comuns de empatia é: “Tendência para sentir o que sentiria caso se estivesse na situação e circunstâncias experimentadas por outra pessoa” (http://www.dicionarioinformal.com.br/definicao.php?palavra=empatia&id=945). Ou como cita Leher: “A habilidade de entender ou partilhar os sentimento do outro”.
Estas afirmações implicam em uma capacidade humana (que outros animais também possuem) que o neurocientista John Leher foi buscar em Adam Smith: a capacidade de imaginação. O insight do autor (http://scienceblogs.com/cortex/2009/05/empathy.php) foi incrível: não podemos sentir ou passar pela mesma experiência do outro, mas podemos imaginá-las tendo como referência os nossos sentimentos e emoções (que nos seres humanos sem psicopatologia são similares). Então a empatia seria a capacidade de imaginar e de alguma forma compreender os sentimentos alheios.
Outro ponto importante, destacado pelo autor foi a observação de a empatia é um sentimento baseado em um julgamento, o qual nunca é neutro. Segundo Smith, os julgamentos estão sempre baseados em questões morais. Portanto ser empático com alguém é fazer um julgamento moral (a partir das próprias emoções) e imaginar que compartilha o sentimento do outro. É importante ressaltar que mesmo o julgamento sendo um atributo racional, ele está intrinsecamente ligado ao aspecto emocional individual.
Mais ainda: quando não há empatia nos seres humanos em nenhuma circunstância? Nas psicopatias. Os psicopatas não se colocam no lugar do outro! Em psicologia estuda-se a psicopatologia como sendo a falta de um julgamento moral, ou melhor, a transgressão dele. Psicopatas não são empáticos nunca.
Tudo bem, algumas pessoas, considerada saudáveis mentalmente, também não. Será que eu estou fazendo um julgamento moral?

quarta-feira, 3 de junho de 2009

DEPRESSÃO NA ADOLESCÊNCIA



Um estudo publicado no New York Times (http://www.nytimes.com/2009/06/03/health/research/03teens.html?em) está contribuindo para a afirmação de que a depressão pode ter um forte fator hereditário. O estudo demonstra que adolescentes que tiveram um dos pais com depressão, durante suas infâncias, mostraram maior taxa de depressão na adolescência. Isso faz sentido, mas não determina a questão.
Por que faz sentido? Por questões neurobiológicas e também ambientais, ou seja, uma pré- disposição no funcionamento dos neurotransmissores, adicionado aos comportamentos dos pais depressivos durante um período de vida em que se precisa de atenção (na infância e na própria adolescência) pode ser um fato muito relevante.
O estudo pretendia ter uma visão preventiva da doença. Então foram selecionados 316 adolescentes em idades entre 13 e 17 anos e cujos pais tinham atualmente ou tiveram no passado episódios de depressão. E outro grupo de adolescentes cujos pais eram saudáveis.
A pesquisa, que foi realizada em quatro cidades dos EUA, consistia em comparar grupo de adolescentes com pais depressivos e outros com pais saudáveis e separá-los, de maneira randomizada, em dois grupos: um receberia sessões semanais em grupo de algum tipo de cuidado extra, e o outro grupo receberia os mesmos cuidados de sempre.
O resultado foi que os filhos de pais deprimidos que receberam este cuidado extra mostraram maior grau de depressão do que os filhos de pais saudáveis. Além disso, essa diferença foi ainda maior no grupo em que não receberam o cuidado extra, mas apenas o usual. Isso é, os filhos de pais deprimidos sem cuidados extras tiveram uma porcentagem de depressão muito maior em relação ao outro grupo.
Podemos pensar que a depressão é um comportamento também aprendido? Não necessariamente, pois além dos fatores neurobiológicos influenciarem, não podemos descartar a plasticidade que os seres humanos podem ter em relação ao comportamento e as aprendizagens. Fora isso, cada caso tem suas peculiaridades, pois uma mãe deprimida, por exemplo, nem sempre é quem cuida efetivamente de seu filho, dependendo da gravidade da depressão, será que isso foi levado em consideração no estudo?